A novela do 5G no Brasil teve mais um capítulo na última quinta-feira (25). Após mais de cinco horas de reunião, a Anatel decidiu que a operação comercial
A novela do 5G no Brasil teve mais um capítulo na última quinta-feira (25). Após mais de cinco horas de reunião, a Anatel decidiu que a operação comercial da quinta geração de redes móveis terá início em julho de 2022, começando pelas principais capitais do país, com expansão para cidades menores até 2026.
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Também ficou estabelecido que as operadoras que vencerem o leilão de frequências previsto para junho de 2021 deverão construir redes exclusivas para oferecer o serviço. A chinesa Huawei não terá sua participação vetada, apesar da pressão exercida pelos Estados Unidos.
As operadoras terão que correr com infraestrutura
O comitê manteve a exigência do Release 16, obrigando que a oferta do 5G ocorra por redes puras (ou “Stand-Alone”), isto é, dedicadas ao 5G.
Você já deve ter visto comerciais de TV e em outdoors dizendo que o 5G já chegou ao Brasil. No entanto, as velocidades maiores que, de certo modo, caracterizam a quinta geração de redes móveis, estão sendo oferecidas por meio de redes 3G e 4G. Elas não são consideradas o 5G oficial – o grande problema de usar uma infraestrutura compartilhada é o provável congestionamento que inviabiliza a qualidade do serviço a longo prazo.
No leilão do 5G que deve ocorrer este ano, as teles disputarão as licenças para o uso das faixas de frequências de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. A Anatel ainda permite a oferta do 5G por meio das redes de 3G e 4G, mas não conta esse serviço na hora de contar o cumprimento das metas de cobertura da nova geração.
O presidente da Anatel, Leonardo de Morais, teve posição favorável ao pedido das empresas de telefonia e apoiou que a transição para as redes de 5G puras durasse até quatro anos, prevendo aumento de preços. Mas ele foi voto vencido.
Rede pública exclusiva para o governo
Como exigência do Ministério das Comunicações, as teles deverão destinar investimentos à conexão da região amazônica, e também deverão construir uma rede pública e fechada para o governo de Jair Bolsonaro.
A medida foi imposta como forma de liberar a participação da Huawei na construção de redes 5G – enquanto a gigante chinesa ofertar infraestrutura para redes privadas, a rede pública fechada não terá interferência da empresa.