Votar pelo celular no Brasil ainda não é possível, mas de acordo com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, o tribunal
Votar pelo celular no Brasil ainda não é possível, mas de acordo com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, o tribunal tem planos de tornar o processo eleitoral totalmente digital, como votos computados via smartphone.
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Barroso afirmou, na última quinta-feira (12), que já nas eleições deste ano, mais de 30 empresas de tecnologia devem iniciar estudos de modelos para implementar o voto pelo celular no futuro.
No mundo, já temos alguns exemplos: a Estônia é pioneira, com um sistema de votos eletrônicos criado em 2005, que é utilizado por cerca de 30% da população. Por lá, os eleitores têm uma espécie de RG digital com um código único que identifica cada indivíduo.
É claro que existe toda uma questão técnica para averiguar a segurança do processo, bem como logística, para pensar em como a votação seria feita, resguardando também o voto de quem não tem acesso à tecnologia. Portanto, a transição deve levar mais alguns anos, caso seja aprovada.
Urnas custam caro e licitação é “tormentosa”
Ainda não há informações sobre qual seria o tamanho do investimento em estrutura para o novo processo, mas o presidente do TSE reforçou que atualmente o país já orça R$ 1,2 bilhão com o uso de 500 mil urnas eletrônicas, e que os custos com a manutenção dos equipamentos são altos.
Em uma entrevista com correspondentes estrangeiros (via Reuters), Barroso explicou que “a cada dois anos precisamos repor 20% das urnas, e isso custa R$ 700 milhões, e é uma licitação tormentosa e judicializada”.
O projeto terá seus primeiros testes no pleito deste ano, nas cidades de São Paulo, Curitiba e Valparaíso. Caso os experimentos sejam eficazes e seguros, eles devem ser colocados em prática primeiro em uma próxima eleição municipal.
Além disso, seria complicado realizar uma mudança tão significativa já nas eleições presidenciais de 2020, visto o caráter acirrado e o momento político do Brasil – então, é improvável que haja novidades nesse sentido antes de 2024.