Vestidos luxuosos, ternos perfeitamente cortados e outras roupas dignas de passarela inundam o Instagram de qualquer um que tenha o mínimo de afeição pelo
Vestidos luxuosos, ternos perfeitamente cortados e outras roupas dignas de passarela inundam o Instagram de qualquer um que tenha o mínimo de afeição pelo mundo fashion há algum tempo. Mas você já pensou em quantas dessas peças expostas por modelos e influenciadores nunca mais são usadas? A indústria da moda tem uma proposta para evitar o desperdício: roupas digitais.
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A ideia de moda digital para empresas pequenas surgiu por volta de 2019, quando a rede Carlings esgotou uma coleção criada digitalmente pela agência Virtue. Mortan Grubak, diretor-executivo de criação da empresa, disse que as marcas se interessaram especialmente pela possibilidade de trabalhar com influenciadores em precisar fornecer roupas reais para cada um deles, o que gera um alto custo.
De lá para cá, tudo mudou, com direito a uma pandemia no caminho. E o conceito de moda digital nunca foi tão pertinente, já que por mais de um ano todas as nossas interações foram primariamente online, por meio de telas, enquanto o distanciamento social era a única arma contra a Covid-19.
Roupas criadas para as redes sociais, e que nunca verão a luz do dia, começaram a aparecer em fotos sem que muita gente pudesse notar que elas, de fato, não existem fora dali. As aplicações são diversas e podem contemplar desde a concepção de um mundo futurista, com peças bizarras e chamativas, até roupas básicas, feitas para você aparecer apresentável em uma reunião pelo Zoom.
O apelo ambiental da moda digital
É claro, há um custo para uma produção 3D: o processo demanda uma boa agência e profissionais capacitados, mas o retorno tende a ser mais assertivo e rápido. Com peças digitais, você dispensa o frete dessas mercadorias até os influenciadores e o custo de produção de cada uma das roupas. E pode ir além, contribuindo para o planeta.
Com a redução de envios de amostras para a campanha de uma nova coleção, as empresas que usam esse novo conceito contribuem com a redução de lixo após o período de divulgação de suas roupas. O próximo passo é tornar esse processo padrão, o que certamente é outro desafio.
Uma proposta em desenvolvimento
O que muitas marcas comentam é que ainda existe uma barreira para o influenciador, que precisa ser quebrada para que o negócio flua de forma mais natural. Esses profissionais também precisam ter a consciência da ajuda que o processo dá ao meio ambiente, é claro.
A questão é que a venda de amostras de roupas e outros produtos enviados para publicidade gera uma sub-economia para muitos influencers menores — os “brechós online” e “desapegos” das blogueiras não me deixam mentir.
No mais, se para você comprar uma roupa virtual parece uma possibilidade para lá de remota, para as novas gerações o feito é algo rotineiro, especialmente em jogos. Muitos deles, como o popular Fortnite, permitem escolher outfits em uma loja virtual para personalizar seus avatares — não à toa a Renner lançou este ano uma loja virtual no game com criações 3D.
A ideia de que você é seu próprio avatar está a apenas mais um passo de distância.