Nova rede social de áudio vem dando o que falar com suas exclusividades e usuários famosos. Conheça mais detalhes sobre o Clubhouse.
Se eu pudesse, apagaria todas as minhas redes sociais. Mas, infelizmente (ou felizmente), eu trabalho com isso, então fui obrigada a instalar mais uma esta semana: o Clubhouse.
O aplicativo vem chamando a atenção e se tornou a rede social do momento após algumas personalidades aparecerem por lá. O primeiro grande nome foi Elon Musk, o bilionário CEO da SpaceX e da Tesla. Depois, foi a vez de Mark Zuckerberg dar uma bisbilhotada em seu novo concorrente – o fundador do Facebook surgiu de surpresa como convidado em uma sala para falar sobre realidade virtual e aumentada.
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No final de semana, até mesmo o Boninho resolveu participar da novidade, atraindo ainda mais brasileiros para o Clubhouse.
O funcionamento é baseado em mensagens de áudio, como uma central de podcasts ao vivo (ou uma central de rádios mesmo). Deus me livre, já pensou em quantos palestrinhas reunidos você encontra por lá?
Os usuários do Clubhouse se agrupam em salas para falar dos mais variados temas (você pode escolher temas de interesse ao se cadastrar). No seu feed, é possível ver algumas salas de acordo com os amigos que você segue, e também pode explorar algumas outras por conta própria. A rede social incentiva a criação de novas salas, portanto, aventure-se a ser o anfitrião em alguns momentos.
O Clubhouse ainda não é para todo mundo
Apenas para iOS/iPadOS
Se você ficou empolgado com a rede social, vamos com calma. O primeiro balde de água fria é que ela é exclusiva para usuários de iPhone e iPad no momento.
Parece elitista – e, fazendo o recorte para o Brasil, acaba sendo –, mas a explicação é de que é muito mais simples desenvolver para iOS. Por contar com diversas variantes para outros diversos modelos e marcas de celulares, o Android é uma plataforma mais complicada para os devs.
Mas os fãs do robozinho do Google podem ficar aliviados, porque o Clubhouse já afirmou estar desenvolvendo a versão do app para Android. É possível que com essa explosão de usuários, isso não demore muito a sair do papel.
Apenas para convidados
Ah, é claro! Ainda que você tenha um iPhone, não há garantias de que você já possa sair usando o Clubhouse feliz e contente. Isso porque o aplicativo está em fase beta e, nesse período, exige convites.
Ao entrar na plataforma, você recebe um convite para dar a um amigo – isso me lembra o falecido Orkut, lá no início (Deus o tenha!). Para conseguir convidar alguém, essa pessoa precisa estar cadastrada em sua lista de contatos do celular (sim, o app precisa ter acesso à sua agenda telefônica, o que curiosamente ainda pode ser incômodo para alguns, mesmo após tantos vazamentos de dados nesse país).
Ao criar salas e explorar o aplicativo, você consegue mais convites para distribuir entre seus amigos. A procura por formas de participar do Clubhouse está tão alta que tem até gente vendendo (SIM) convites no Mercado Livre, OLX e eBay. Em uma busca rápida, encontrei algumas ofertas por R$ 290!
Vá com calma, nada disso é necessário. A sua vez pode chegar sem que você gaste nada.
O Clubhouse veio para ficar?
A pergunta de 1 bilhão de dólares. Bom, é difícil prever o futuro do Clubhouse, mas a rede social parece promissora. O formato exclusivo de áudio combina com as tendências da internet para os próximos anos e outro sinal de que é bom negócio é que o Facebook já está de olho.
Isso mesmo, segundo o The New York Times, fontes próximas à rede social de Zuckerberg já confirmaram que o chefão pediu a funcionários responsáveis por novos projetos que desenvolvessem um “clone” do Clubhouse. Ou seja, potencial existe.
No mais, eu não sei se continuo. Já entrei, testei, mas tô fugindo de áudio e de gente que fala demais. E você, o que achou do Clubhouse?