No final de julho, Mark Zuckerberg anunciou que a chegada de seus óculos inteligentes estava próxima. O projeto em parceria com a Ray-Ban já havia sido
Ana Marques | 10 de Setembro de 2021 às 10:00
No final de julho, Mark Zuckerberg anunciou que a chegada de seus óculos inteligentes estava próxima. O projeto em parceria com a Ray-Ban já havia sido comunicado pelas empresas em 2020 e, de lá para cá, muitas foram as especulações sobre o produto — que seria o primeiro passo para o metaverso proposto por Zuck.
Leia também: Alexa, quais são as suas segundas intenções?
Mas agora, com o lançamento dos Ray-Ban Stories, não há nada muito empolgante acontecendo.
Os Ray-Ban Stories têm câmera dupla de 5 megapixels para gravar vídeos e tirar fotos que podem ser publicados no Instagram, Facebook ou WhatsApp, mas ainda requerem o smartphone (para o emparelhamento e postagem por meio do app Facebook View). Os smart glasses armazenam até 30 vídeos ou 500 fotos, até que você faça o upload do conteúdo para o celular.
A diferença básica é que você pode fazer a captura sem usar as mãos, se desejar, por meio do comando “Hey, Facebook”, enquanto anda de bicicleta pela praia ou sai para caminhar com seu cachorro.
As filmagens têm o ângulo de ponto de vista, e podem ser bastante interessantes em determinadas ocasiões, já que permitem que você mantenha o foco na cena (sem desviar o olhar para um telefone, por exemplo).
Você também pode usar os óculos inteligentes para atender ligações e ouvir músicas ou podcasts. Mas… Por enquanto, não há muito além disso.
Não há nada de muito novo neste lançamento. A Snap, empresa por trás do Snapchat (lembra dele? Foi a “inspiração” para os Stories!) já havia anunciado um produto semelhante em 2016: os Spectacles!
Os óculos da Snap chegaram à terceira geração em 2019, e em 2021, durante a Snap Partner Summit, a empresa apresentou o conceito por trás da nova geração — com mais avanços em realidade aumentada (AR).
Agora, o Facebook está finalmente lançando sua própria versão dos smart glasses — com o plus da marca Ray-Ban, o que é legal, eu confesso.
Você pode escolher entre 20 variações com base nos designs icônicos Wayfarer/Wayfarer Large, Round e Meteor. As lentes também podem ser personalizadas de acordo com a sua necessidade, incluindo transparente, sol, Transitions e de prescrição.
Eles estão disponíveis nos EUA, Austrália, Canadá, Irlanda, Itália e Reino Unido por preço a partir de US$ 299 (o que na conversão direta, sem contar impostos, dá pouco mais de R$ 1.500).
De qualquer modo, nada de funções futuristas de AR ou realmente inovador, ao menos neste momento.
Segundo Zuckerberg, essa é apenas a ponta do iceberg. A primeira geração dos Ray-Ban Stories é, de acordo com o CEO do Facebook, “o primeiro passo para um futuro em que os celulares não serão parte central das nossas vidas, onde você não terá que optar por interagir com um dispositivo ou com o mundo ao redor”.
Mas há mais trabalho sendo desenvolvido no Facebook Reality Labs, e em breve (eu espero) poderemos ver novos dispositivos mais avançados que farão os limites entre “tecnologia” e mundo real desaparecerem por completo.
“O lançamento da primeira geração dos óculos inteligentes Ray-Ban Stories é um empolgante vislumbre do que é possível quando começamos a mudar para dispositivos que melhoram a vida cotidiana, em vez de nos distrair dela”, diz o Facebook em comunicado.
Mal posso esperar por esse tal futuro.
Em breve, a Apple deixará desbloquear o iPhone com Face ID usando máscara
Smartphone sem câmera? Tudo em nome da privacidade
Um só app para todos os bancos? Esse é o futuro
Das fotos de comida aos vídeos que você não pediu: o que houve com o Instagram?
Fones de ouvido da Apple fazem mal à saúde? O governo quer saber
TikTok vai limitar contas de adolescentes para maior segurança