Para muitos — e me incluo nessa — as videochamadas se tornaram um verdadeiro martírio durante a pandemia. O clima de tensão, as mesmas perguntas de
Ana Marques | 3 de Dezembro de 2021 às 10:00
Para muitos — e me incluo nessa — as videochamadas se tornaram um verdadeiro martírio durante a pandemia. O clima de tensão, as mesmas perguntas de sempre: “vocês estão me ouvindo?”, “opa, travou aí?”, “agora foi?” são apenas alguns dos elementos frustrantes desse processo.
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Estar distante de colegas de equipe e de familiares durante muito tempo se mostrou duro demais, chegando a causar problemas para a saúde física e mental de indivíduos. E por mais que os chats em vídeo tenham nos mantido juntos, até certo ponto, eles também “sugaram” muito de nós.
Mas o Google tem um projeto em andamento que pretende tornar essas reuniões menos esquisitas: o Project Starline. Ele foi apresentado em maio deste ano e pretende tornar as conversas em vídeo mais naturais, como se estivéssemos em uma mesma sala.
A ideia, que conversa diretamente com o conceito de metaverso que tanto vem sendo discutido nos últimos meses, foi mais detalhada pela empresa a partir de alguns testes feitos nos Estados Unidos. E, agora, há algumas novidades sobre como a tecnologia vai funcionar.
Se você acha que o Google vai lançar um sistema incrível que permite realizar algo desse nível sem nenhuma falha pela bagatela de US$ 300, já é hora de acordar. Estamos pensando em ciência, e no futuro da comunicação. O projeto Starline exige equipamento robusto — para começar, você não pode estar usando nenhum óculos gigante ou outro acessório desconfortável para ver o outro participante. Por si só, isso estragaria a ideia central da experiência.
Portanto, ao menos inicialmente, a previsão é de um custo alto para indivíduos. Mas não tanto para empresas, dependendo do porte.
É preciso uma cabine com um display de alta resolução, um sistema de áudio potente e também a questão espacial. Segundo os documentos da pesquisa do Google, o monitor terá imagens em 8K e tamanho de 64 polegadas. Ao redor dele, os pods de captura — ao todo, três deles — irão registrar suas imagens e dados de profundidade em 3D.
Há ainda quatro câmeras de rastreamento e quatro microfones, dois alto-falantes e projetores IR para mapear por completo a pessoa e o espaço ao redor dela, de modo a fornecer a melhor representação possível ao seu contato do outro lado da tela.
A pesquisa do Google informa que em nove meses, pouco mais de 300 videochamadas com o projeto Starline já foram realizadas em testes com funcionários, em um tempo médio de 35 minutos. Segundo eles, o sistema supera a videoconferência tradicional no sentido de criar um sentimento de presença, conexão pessoal e ao ajudar a manter a atenção no assunto da conversa.
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