Apple e Samsung entram no ramo de rastreadores digitais com AirTags e Galaxy SmartTags. Será as etiquetas inteligentes vieram para ficar?
Ana Marques | 30 de Abril de 2021 às 10:06
Você vive perdendo as chaves de casa? Nunca lembra onde deixou a carteira? A tecnologia tem uma solução para os seus problemas. Apesar de não ser algo essencialmente novo, as etiquetas inteligentes vêm ganhando os holofotes agora que Apple e Samsung acabaram de entrar neste mercado. Mas você sabe como esses dispositivos funcionam? Será que eles vêm para ficar?
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Esse tipo de rastreador digital já existe há um tempo. Em essência, são pequenos dispositivos que permitem buscar por itens perdidos – basicamente, eles permitem transformar qualquer objeto em “smart”.
A Tile é a empresa com a maior fatia desse mercado, atualmente, mas as gigantes Samsung e Apple acabam de lançar as suas próprias etiquetas: Galaxy SmartTag e AirTag, respectivamente. Como de costume, a dona do iPhone deve ajudar a tornar essa tecnologia bem mais popular daqui para a frente.
Tanto a Apple quanto a Samsung irão aproveitar a sua própria rede de smartphones para ajudar os usuários a encontrarem objetos perdidos. A Apple usa a plataforma Buscar, que já rastreia iPhones, iPads e mais dispositivos da empresa, e a Samsung tem o SmartThings, que permite rastrear outros gadgets da marca. Você pode acessar esses aplicativos pelo celular.
O princípio básico disso é que as etiquetas são capazes de emitir sinais via Bluetooth, que são identificados por outros aparelhos do mesmo ecossistema sempre que há a proximidade necessária. Dessa forma, cria-se uma espécie de histórico de onde aquele objeto foi visto.
Ao ativar o modo perdido, o último dispositivo a ter contato com o objeto envia ao servidor as informações sobre horário e local onde o item foi notado, e esses dados são enviados ao dono do objeto.
Para além do Bluetooth, as etiquetas inteligentes da Apple e da Samsung (no caso da sul-coreana, somente a versão Plus) conseguem entregar a localização específica de um objeto, oferecendo as coordenadas para que você não apenas saiba que a chave está na sala, por exemplo, mas também que ela está embaixo da almofada do sofá.
Para essa funcionalidade, os dispositivos contam com a tecnologia Ultra Wideband, que requer que o smartphone usado use um chip compatível. No caso da Apple, apenas os aparelhos das linhas iPhone 11 e iPhone 12 conseguem usar esse modo aprimorado de rastreamento, e no da Samsung, só os modelos da linha Galaxy S21 e a linha Galaxy Z Fold2.
Em tese, qualquer coisa. Basta anexar a etiqueta como um chaveiro a objetos como bolsas, carteiras, malas, chaves e até roupas, como casacos ou jalecos.
Apesar de ser possível usar esse tipo de dispositivo para rastrear a localização de crianças e animais de estimação, a Apple não recomenda esse tipo de uso.
Achou a ideia do chaveiro rastreador interessante? O preço, no entanto, assusta um pouco. Lançado por apenas US$ 29 nos Estados Unidos, o preço de apenas um dispositivo AirTag no Brasil é de R$ 399, e você ainda pode adquirir um pacote com 4 etiquetas por R$ 1.249. Já o da Samsung, Galaxy SmartTag (versão básica, sem UWB) custa R$ 199 por aqui, mas a com chip UWB, que deve ser lançada em breve, é mais cara – o preço no mercado nacional ainda não foi divulgado.
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