Instagram faz inúmeras mudanças e testes no aplicativo com o intuito de barrar avanço de TikTok mas tiro pode sair pela culatra.
Se você é usuário do Instagram deve ter notado as inúmeras mudanças e testes que o aplicativo vem fazendo nos últimos meses. Controlada pelo Facebook, a plataforma que se popularizou como uma “rede social de fotos”, mas agora são os vídeos que dominam o feed. Interessante para alguns, o problema vem causando polêmica, especialmente entre quem trabalha com conteúdo no app.
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Cá entre nós, o Instagram deixou de ser um espaço para fotos conceituais há bastante tempo. Primeiro, as fotos de comida invadiram o feed dos usuários — o que na época era a grande febre. Incontáveis pratos de comida ficaram paradinhos por mais alguns minutos esperando a foto perfeita para publicar e fazer inveja aos amigos.
Com o tempo, e a chegada dos Stories, o perfil foi virando algo mais premium. Automaticamente os próprios usuários foram moldando o uso do feed, deixando as bobagens para as publicações que somem em 24 horas.
A questão é que ao notar o comportamento dos usuários, o Instagram começou a interferir um pouquinho daqui e um pouquinho de lá. E assim como plataformas rivais, começou a trabalhar cada vez mais em algoritmos de recomendação, aumentando o conteúdo sugerido e diminuindo o alcance de publicações que não são os famosos “Reels” (vídeos curtos parecidos com os do TikTok).
Só que, aparentemente, muita gente não pediu por isso.
Nesta semana, até mesmo Kylie Jenner e Kim Kardashian — que têm grande influência na rede social — entraram no coro que diz: “Por favor, Instagram, parece de tentar ser o TikTok”.
Instagram se defendeu, mas recuou após pedidos
Inicialmente, o chefe do Instagram, Adam Mosseri, defendeu o novo foco em vídeos. Ele deixou claro que nem todas as mudanças eram definitivas, muitas eram apenas testes — como o feed que mostra vídeos em tela cheia. Além disso, argumentou que os próprios usuários estavam consumindo mais vídeos do que fotos, e que esse tipo de conteúdo prendia mais os usuários.
De fato, não é difícil ficar preso à rolagem infinita de vídeos do Instagram, e é claro que consumir um vídeo leva mais tempo do que olhar uma foto no feed. Mas será que esse perfil de consumo é algo consciente… ou, ainda, algo que gostamos?
Independentemente da resposta, o próprio Mosseri admitiu que as recomendações do Instagram ainda não estão prontas para as proporções adotadas, então a rede está dando um passo atrás neste quesito.
Ele diz que o Instagram deve sugerir menos conteúdo de que você não segue, ao menos até que os algoritmos estejam mais precisos. Além disso, o feed em tela cheia não colou, mesmo.
E aí, o que você tem achado desse verdadeiro Frankenstein? Ainda usa o Instagram, gosta do que a rede se tornou?