Visando a democratização digital em comunidades, a Central Única de Favelas lança na próxima quinta-feira (24), o programa “Mães da Favela ON”, que
Visando a democratização digital em comunidades, a Central Única de Favelas lança na próxima quinta-feira (24), o programa “Mães da Favela ON”, que pretende conectar 4,5 milhões de moradores de favelas à Internet.
A iniciativa acontece em parceria com Alô Social/TIM, PicPay, TikTok, Banco Santander, entre outras empresas, e abrange 150 complexos de favelas em todo o Brasil.
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De acordo com Celso Athayde, um dos fundadores da Cufa, esse será o “maior projeto de conectividade em favelas já feito no Brasil”. O Mães da Favela ON pretende disponibilizar 500 mil chips de telefonia para mães com cadastro na ONG.
O projeto tem apelo especial em tempos de pandemia, já que a maioria dos serviços foi direcionada para o ambiente digital para promover o isolamento social. No entanto, o cenário também ressalta as desigualdades sociais, promovendo exclusão entre os que não têm condições de acesso à Internet.
Alto consumo de dados na pandemia
O levantamento do Data Favela, referente a agosto de 2020, indicou que 84% dos moradores com filhos em idade escolar consumiam todo o pacote de dados de acesso à Internet antes do tempo previsto.
Outro dado preocupa: 46% das crianças moradoras dessas regiões, em idade escolar, não têm assistido aulas à distância durante a pandemia.
Como funciona o projeto
Além dos chips, o Mães da Favela ON pretende disponibilizar pontos de acesso Wi-Fi gratuitos nas comunidades. O projeto irá oferecer seis meses de WhatsApp e ligações ilimitadas, além de acesso a conteúdo educativo elaborado para o programa, com curadoria da Unesco.
Para acessar, as pessoas precisam se cadastrar. A cada 30 minutos de uso, uma peça publicitária dos patrocinadores é exibida. Para driblar problemas como a má qualidade de conexão, a Cufa fará auditorias periódicas, com o objetivo de reavaliar os pontos de acesso e o tamanho da banda.
Piloto do Mães da Favela ON já acontece no Rio de Janeiro
Na Rocinha, o projeto está em testes há dois meses com 30% da capacidade de pontos de acesso à Internet, e já foi utilizado por 4.449 usuários únicos.
A expectativa é de que esse número triplique quando toda a capacidade de conexão for atingida.
Cidade de Deus e o Complexo da Penha são as próximas áreas da cidade a participar do piloto.
Saiba mais em https://www.cufa.org.br/