A cruz é o símbolo mais conhecido do cristianismo. E traz inspiração para as pessoas e para a natureza. Confira algumas delas.
Redação | 20 de Dezembro de 2019 às 21:00
Uma miríade de cruzes transforma um morro da Lituânia em local de peregrinação para pessoas do mundo inteiro. Ninguém sabe exatamente quantos crucifixos há no Morro das Cruzes, perto de Siauliai, mas estima-se que sejam mais de 50 mil. Talvez seja mais misterioso o fato de ninguém saber como foram parar lá. Entre as numerosas lendas que os cercam, uma das mais encantadoras fala de um pai desesperado que rezou a Deus para que poupasse a vida da filha muito doente. Quando a menina se recuperou, ele agradeceu erigindo a primeira cruz.
Desde 1866, este vitral da Catedral de Bruxelas homenageia o primeiro cruzado. Dizem que Godfrey de Bouillon estava entre os primeiros a responder à convocação do papa Urbano II, em 1096, para libertar dos “infiéis” a cidade santa de Jerusalém. Sob a bandeira da cruz vermelha sobre campo branco, ele comandou a primeira Cruzada e foi nomeado Senhor e Defensor de Jerusalém depois da captura da cidade.
Provavelmente a maior “Doppelkreuz” (cruz tridimensional) de ferro do mundo está no monte Auerberg, na cordilheira Harz, na Alemanha. A “Josephskreuz”, ou Cruz de José, lembra a Torre Eiffel, mas, com 38 metros de altura e cerca de 125 toneladas, é bem menor do que o marco parisiense que a inspirou. A cruz, com seu belvedere acessível, foi construída em 1896 por 50 mil marcos, ou cerca de 320 mil euros a preço de hoje.
Na hora do rush, até 3 mil pessoas atravessam de cada vez o cruzamento de Shibuya, em Tóquio, uma das travessias de pedestres mais movimentadas do mundo. Muitos turistas visitam o vizinho Shibuya Center 109 só para observar de cima o vaivém. O terraço oferece uma vista fantástica da massa fervilhante de gente lá embaixo, e a forma clássica da cruz também fica mais visível.
A cruz isolada mais alta do mundo se ergue num monte da Sierra de Guaderrama, na Espanha. A cruz de 150 metros está empoleirada sobre o Vale dos Caídos, acima de uma enorme basílica. Mais de 30 mil pessoas estão sepultadas lá, entre elas Francisco Franco, um dos ditadores mais cruéis da nossa época. Ele usou dezenas de milhares de trabalhadores forçados para construir o monumento, onde foi enterrado, em 1975.
Agora o governo espanhol planeja transferir de lá o corpo de Franco e transformar a imponente estrutura num monumento às vítimas de seu regime de terror.