Dicas vistas em redes sociais podem ser perigosas para nossa saúde e segurança.
Luana Viard | 7 de Agosto de 2024 às 18:00
Uma prática popularizada em vídeos nas redes sociais, como o TikTok, que promete uma soneca reparadora durante voos, tem gerado preocupação entre especialistas. A técnica, embora tenha conquistado milhares de seguidores, apresenta riscos significativos para a segurança a bordo e a saúde dos passageiros.
Viralizou nas redes sociais uma nova posição para dormir em aviões: dobrar as pernas e prender os pés no cinto de segurança. Vários vídeos mostram pessoas tentando essa técnica, despertando a curiosidade e a preocupação de muitos. Confira abaixo um vídeo que demonstra essa tendência perigosa.
Além de infringir as normas de segurança estabelecidas para decolagem e pouso, essa postura coloca em risco a integridade do passageiro em situações de turbulência ou emergência, podendo causar transtornos e comprometer a ordem a bordo.
"Não é sugerido sentar-se assim porque se ocorre uma forte corrente de jato, você pode ser chacoalhado para cima e para baixo e se machucar", comentou a comissária Jasmine Khadija na revista especializada em turismo Travel and Leisure. "[Também] se houver uma evacuação de emergência, é fortemente recomendado evitar qualquer [situação] de perigo de tropeçar, o que inclui os cintos de segurança ou quaisquer tiras ao redor dos pés".
Em uma situação de emergência, quando a rapidez na evacuação é crucial, a postura adotada pelo passageiro pode gerar obstáculos significativos. A imobilização causada pela posição inadequada do corpo e do cinto de segurança dificulta a locomoção e pode atrasar a saída do avião. Além disso, o risco de tropeços e lesões aumenta consideravelmente, sobrecarregando a equipe de emergência.
"Qualquer pequena turbulência pode fazer com que sua cabeça se bata contra seus joelhos [nesta posição], possivelmente causando um ferimento, e a posição com a cabeça para a frente pode levar à câimbras no pescoço e dores de cabeça", reforçou a educadora de clínica de sono Cali Bahrenfuss, da Delta Sleep Coaching, à publicação.
"Esta posição não permite que seu corpo relaxe totalmente e pode causar desconforto graças à curvatura estranha da coluna e o estresse que coloca no seu pescoço", apontou a dra. Chelsea Perry, proprietária da clínica de sono Sleep Solutions, de Massachusetts.
A limitação de espaço em voos de classe econômica, especialmente em assentos com pouco espaço para as pernas, aliada à dificuldade de se movimentar livremente durante longas viagens, predispõe os passageiros à formação de trombos. A imobilidade prolongada, agravada por fatores como a desidratação e a pressão atmosférica reduzida, aumenta o risco de trombose venosa profunda, condição que ocorre quando um coágulo sanguíneo obstrui uma veia, geralmente nas pernas.
A postura com as pernas flexionadas por longos períodos contraindica as recomendações médicas para viagens aéreas, que incluem a ingestão abundante de líquidos, a adoção de posições confortáveis, a moderação no consumo de álcool, o uso de meias de compressão e a realização de atividades físicas leves a cada duas horas, como caminhar pelo corredor da aeronave.
Embora possa parecer confortável no momento, essa posição para dormir compromete a saúde e a segurança durante o voo, tornando o benefício duvidoso.
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