A cataratas do Niágara é o destino dos sonhos de muitas pessoas. Famosa por suas belas quedas d'água, os cientistas acreditam, porém, que essa magnífica
Redação | 21 de Maio de 2019 às 17:00
A cataratas do Niágara é o destino dos sonhos de muitas pessoas. Famosa por suas belas quedas d’água, os cientistas acreditam, porém, que essa magnífica paisagem um dia acabará. Isso ocorre em razão da erosão exercida sobre a base dos penhascos de onde a água cai.
Vão se desgastando, até que que finalmente acabam. Assim, os rios que antes as alimentavam passam a correr suavemente para o mar. As grandiosas cataratas de Vitória, no Zimbábue, recuaram pelo menos 130km ao longo do rio Zambeze, no decorrer dos poucos milhares de anos da sua existência. No caso das cataratas do Niágara, na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá, o rio Niágara chegará ao lago Erie e o drenará parcialmente.
Nem todas as cataratas resultam do mesmo conjunto de circunstâncias, mas um fator muito comum na formação das quedas-d’água é o aumento da taxa de erosão verificado quando o rio abandona um leito de rocha macia. Nos anos seguintes, o processo se acelera, deixando atrás de si um precipício no qual o rio se lança.
Na maioria das formações geográficas, camadas de rocha mais mole em declive situam-se sob a rocha dura da parte superior do leito do rio. Assim, à medida que a altura das cataratas aumentas, estas rochas ficam mais expostas. Isso ocorre pela força da queda d’água abre buracos na base e a turbulência da água corrói as rochas subjacentes menos resistentes.
Por fim, a “cornija” suspensa de rocha dura, até então resistente, quebra-se e cai no rio.
É o que está acontecendo com as cataratas do Niágara, onde uma pedra calcária muito dura, a dolomita, se sobrepõe a camadas mais macias e a pedras arenosas.
Ao longe de um período de 12.000 anos, as cataratas recuaram 11km, deixando à vista uma garganta maciça.
A grande atração turística, do Niágara é a queda “em ferradura” do lado canadense, mas a forma curva do rochedo não é uma característica permanente. Assim, no decursos da história, diferentes formas de erosão alteraram muitas vezes a forma das cataratas, originando por vezes estreitas formas em V, que sofrem erosão mais rapidamente.
Ainda que a erosão no Niágara tenha diminuído graças à captação de água para gerar eletricidade, os cientistas estão procurando reduzi-la ainda mais. Porém, especialistas prevêem que as cataratas do Niágara desaparecerão dentro de 25.000.