O que faz de você quem você é? O que torna você diferente, e ao mesmo tempo semelhante a muitas outras pessoas? Sua personalidade é única, mas você
Redação | 15 de Março de 2019 às 14:00
O que faz de você quem você é? O que torna você diferente, e ao mesmo tempo semelhante a muitas outras pessoas? Sua personalidade é única, mas você tem características iguais às da sua família e seus amigos. De onde vêm esses aspectos da personalidade?
A personalidade é sua estrutura psicológica, a combinação única de características, padrões de pensamento, sentimentos e comportamentos que faz você ser quem é.
Os elementos básicos dessa estrutura são iguais em todas as pessoas, mas o modo como são reunidos é diferente em cada uma.
A personalidade é uma das áreas mais complexas e discutidas da Psicologia, porque as teorias da personalidade têm muito a explicar: quais são os elementos fundamentais da personalidade, de onde vêm, como se integram, que grau de controle temos sobre eles e se sofrem maior influência de fatores hereditários ou ambientais.
Existem várias teorias, mas nenhuma delas explica todos os aspectos da personalidade humana.
Uma das mais importantes teorias da personalidade é a “teoria dos traços”. Essa teoria afirma que, assim como se pode descrever um objeto usando alguns aspectos básicos (como altura, largura, densidade, cor etc.), também é possível descrever a personalidade de alguém de acordo com alguns traços básicos.
Esse processo pode ser comparado às cores: existem muitas diferentes, mas todas fazem parte de um único espectro e variam ao longo de uma dimensão (no caso das cores, o comprimento de onda).
Estudos exaustivos, empregando questionários conhecidos como inventários de personalidade, mostraram as cinco principais dimensões, ou traços, da personalidade.
É claro que há outras formas de descrever a personalidade, mas quase todos os demais tipos de traços imagináveis são variações dessas cinco dimensões.
A personalidade é o resultado de uma combinação de fatores. Em primeiro lugar, os genes e os instintos (os produtos da herança genética e da evolução) são responsáveis pela matéria-prima da personalidade. Às vezes esse elemento é chamado de “temperamento” e independe do que nos acontece depois do nascimento – em outras palavras, o temperamento seria basicamente o mesmo qualquer que fosse o lugar e a época em que crescêssemos.
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Em segundo lugar, a personalidade reflete a cultura e a sociedade de origem, o modo de criação e a influência da família, dos amigos e dos meios de comunicação. Por fim, as experiências e escolhas pessoais, o conhecimento adquirido e os efeitos dos eventos aleatórios e imprevisíveis influenciam a modelagem da personalidade e seu desenvolvimento posterior.
Em uma ponta dessa dimensão estão as pessoas de bom temperamento, crédulas, cooperativas, modestas e altruístas, e na outra estão as egoístas, mal-humoradas, arrogantes, desconfiadas, exigentes, antipáticas e antissociais.
Essa dimensão varia dos perfis responsáveis, organizados, esforçados, ordeiros e confiáveis, em um extremo, às personalidades precipitadas, impulsivas, irresponsáveis e inconsequentes no outro.
Às vezes conhecida como neuroticismo, essa dimensão descreve o grau de tranquilidade ou ansiedade, relaxamento ou tensão, estabilidade ou volatilidade emocional, calma ou instabilidade.
Dimensão que indica o grau de expansividade ou introversão e abrange um número expressivo de características relacionadas – alegre ou triste, loquaz ou taciturno, sociável ou retraído, categórico ou evasivo, ruidoso ou silencioso, e assim por diante.
Essa dimensão refere-se ao grau de abertura a novas experiências, informações e sentimentos, bem como à reação à ambiguidade e incerteza, em oposição à preferência por situações familiares, simples, bem definidas e sem desafios.
Diversas teorias afirmam que a personalidade e, portanto, os desejos, pensamentos, sentimentos, intenções, motivações etc. são determinados em maior ou menor grau por fatores que não podemos controlar.
Embora você possa acreditar que decide o que falar e fazer, aonde ir ou como reagir a uma situação – em outras palavras, que tem livre-arbítrio –, na verdade isso é uma ilusão, pois todas essas decisões são o produto da interação de outras forças: educação, treinamento e genes.
Você pode discordar e insistir que tem livre-arbítrio, mas a réplica seria que essa insistência se deve à sua educação para acreditar nisso ou que você tomou uma decisão consciente de acreditar!