A tecnologia, por incrível que pareça, ainda está rodeada de diversos mitos infundados. Conheça 21 mitos da tecnologia e internet para não cair mais neles.
Seja sincero(a): você já caiu naquela história de que é preciso carregar o aparelho celular antes de usá-lo, não é? E você ainda acredita que o modo privado do navegador esconde tudo que você faz? Temos novidades para você: todas essas histórias não passam de mitos da tecnologia e internet, que fazem muitas pessoas caírem em contos falaciosos — e, o que é pior, repassam as informações erradas.
A tecnologia já não é mais tanto quanto aquele bicho de sete cabeças que muita gente enfrentou um dia. Os computadores pessoais e smartphones agora estão em praticamente todo lugar. Para se ter uma ideia, só no Brasil há mais de 230 milhões de smartphones ativos atualmente. E o número só cresce!
Smartphones estão no topo dos mais vendidos na internet
E como as vendas na internet se popularizaram, o Brasil encontrou um mercado de varejo em eletrônicos bem aquecido. Os smartphones estão no topo da lista de itens mais vendidos. Eles são seguidos por itens de informática (notebooks, desktops, impressoras, etc.) e jogos. Com esse cenário, fica ainda mais improvável de acreditar que ainda há mitos da tecnologia na vida dos brasileiros. No entanto, esse ainda é um cenário muito comum.
Algumas pessoas, por exemplo, ainda acham que o estabilizador é um item certamente necessário. Só que, com o avanço das fontes de energia atuais, torna-se desnecessário e até prejudicial, que deve ser evitado na medida do possível. Um filtro de linha pode ser uma alternativa mais barata e segura. Os no-breaks também quebram o mito do estabilizador. É bem mais caro, mas certamente melhor do que acreditar em um dos mitos da internet mais comuns e preservar seus bens.
Para não estar entre aqueles que caem nas histórias falaciosas acerca da tecnologia, conheça alguns dos principais mitos da internet e da tecnologia a seguir. Se você acreditava em algum deles, está na hora de rever seus conceitos!
Mito 1: As empresas fazem dispositivos velhos ficarem lentos de propósito
"Você já deve ter notado que seu telefone fica mais lento toda vez que uma versão nova do sistema é lançada. Muitas pessoas podem pensar que esse é um esforço de empresas de tecnologia para forçar a compra de telefones novos. Existe, porém, uma explicação melhor. Versões atualizadas dos sistemas operacionais são desenvolvidas para trabalharem melhor com peças atuais. Então, faz sentido que peças mais antigas comecem a a apresentar problemas, já que as atualizações não foram otimizadas para elas." – Jeff Kelley, desenvolvedor do sistema iOS.
Mito 2: Dispositivos da Apple são 100% seguros
Por muitos anos, era comum ouvir falar que os aparelhos produzidos pela Apple, como MacBooks ou iPhones, estavam 100% seguros de vírus e trojans. No entanto, o mito caiu por terra em 2012, quando um trojan (malware aparentemente inofensivo que se instala em dispositivos e infecta programas maliciosos) se alastrou por centenas de MacBooks. Desde então, vêm surgindo cada vez mais variedades de softwares maliciosos que tentam se alojar em aparelhos da empresa.
Mito 3: os produtos mais novos são sempre melhores
"O novo nem sempre quer dizer melhor. Novas versões de dispositivos são lançadas todos os dias, mesmo que as versões anteriores sejam mais otimizadas. Veja o iPhone X, por exemplo: há falhas como uma tela facilmente quebrável. Além de ser cara para consertar. Esses problemas não são comuns em versões anteriores. Logo, em alguns casos, versões anteriores de qualquer dispositivo podem ser mais rentáveis do que versões atualizadas." – Sarah Graham, especialista em tecnologia.
Mito 4: Fechar aplicativos não usados no iPhone estende a vida útil da bateria
Há um porém neste mito. É fato que, quanto menos aplicativos estiverem rodando no aparelho, mais bateria será gasta em segundo plano. No entanto, não há nada que comprove que fechar todos os aplicativos estenda a vida útil — na verdade, o máximo que pode acontecer é evitar uma nova recarga em um iPhone, o que, para os telefones da marca, pode significar um ciclo de vida maior devido à limitação de ciclos de recarga que a Apple coloca em seus aparelhos. No entanto a economia não significa que a vida útil se estenderá indefinidamente.
Mito 5: Quanto mais megapixels, melhor a câmera de um smartphone
Muitos vendedores tendem a apostar na câmera de um smartphone na hora da venda sabendo que essa é a principal característica buscada por consumidores: a qualidade das fotos. Porém, tome cuidado: apesar de ser fato que a qualidade aumente, muitos fatores podem influenciar as fotos, como a qualidade dos sensores ou mesmo o software solicitado pelo fabricante do modelo.
Mito 6: Internet não leva a lugar algum
Já faz um tempo que esse mito caiu, já que a internet, em seu início, era sinônimo de entretenimento e diversão. Logo, muitos pais ainda tendem a limitar o acesso de seus filhos ou mesmo proibi-los de acessar a rede. No entanto, atualmente, há muitas atividades que podem render dinheiro na internet, e algumas são até regulamentadas. É possível abrir um brechó online, por exemplo, para vender livros, roupas e outros objetos online. Também é possível criar um canal e produzir conteúdo variado (mas não dissemine fake news – procure sempre outras fontes confiáveis), ou mesmo se tornar um streamer de jogos online e monetizar as atividades. As possibilidades são muitas!
Mito 7: Videogames causam violência
Um dos mitos mais difundidos acerca de eletrônicos é que os videogames exercem influência negativa em crianças e jovens, levando-os a comportamentos violentos. Não há relação explícita entre jogos e comportamentos agressivos, de acordo com sucessivos estudos realizados nos últimos anos. Portanto, caso você esteja passando por uma situação parecida em casa, é bom investigar outras causas.]]>
Mito 8: o seu telefone antigo não vale mais nada
Alguns aparelhos antigos podem ainda ter um valor de venda dependendo do seu estado. Você pode conseguir preços razoáveis em diversos modelos. "Muitas pessoas não vendem seus telefones antigos. De fato, no último Natal, nós estimamos que 21 bilhões de dólares foram desperdiçados por pessoas que não venderam seus aparelhos depois de ganharem novos." – Brian Morris, de um site de compra e venda de aparelhos usados.
Mito 9: Navegar na Internet em modo privado garante a privacidade
"Um engano comum entre consumidores é pensar que o modo privado dos navegadores de Internet torna a navegação mais segura. Normalmente, a navegação privada só evita que os sites que você visita apareçam no histórico do navegador. Ela não previne o usuário de se expor a malwares, ou o seu provedor de Internet de saber quais sites você visitou, ou mesmo de aplicativos de terceiros captarem a sua atividade na rede. Se você procura por proteção avançada, uma combinação de bloqueadores de anúncios, controladores de IP e uma rede privada virtual (sigla em inglês VPN, Virtual Private Network) ajudará. Há opções gratuitas e seguras para os dois primeiros itens, mas terá que pagar por um servidor VPN." – Joel Wallenstrom, especialista em segurança virtual.
Mito 10: Carregar o telefone até 100% diminui a vida útil da bateria
"Não é ruim carregar seu telefone até 100%, mas certifique-se de tirá-lo da tomada assim que ele atingir a carga máxima. O maior consumo de bateria vem da reprodução de vídeos e brilho da tela." – Matt Paliafito, gerente sênior de uma empresa de baterias.
Mito 11: É melhor deixar a bateria do telefone zerar para recarregá-lo
Essa afirmação tem até um fundo de verdade, mas antigamente; hoje em dia não passa de um mito. Antigamente as baterias tinha algo chamado efeito memória, que gravava em que ponto o aparelho começou a se recarregado e perderia a carga em % restante antes de conectar o cabo gradativamente, já que as baterias antigas eram feitas de níquel-cádmio. Porém, as baterias atuais, de lítio-íon, não sofrem com o mesmo problema. No entanto é recomendável recarregar a bateria quando ela alcançar os 20% ou menos para estender a vida útil do aparelho.
Mito 12: a nuvem está nos céus
"Em sua forma mais simples, a nuvem é uma metáfora para a Internet e a transmissão de dados através dela. Os seus arquivos não estão diretamente armazenados em seu dispositivos, mas sim em um servidor que pode ser acessado online. Esses servidores em 'nuvens' podem ser restaurados em qualquer lugar do mundo – desde que estejam no chão! Muitas pessoas acham que os arquivos estão realmente armazenados no céu! Uma cliente nossa usou um notebook na praia para acessar os seus arquivos, e ligou em seguida dizendo que ela podia ver o céu, mas não conseguia acessar nenhum dos seus arquivos!" – Nikki Smith, gerente de marketing de uma empresa de armazenamento digital.
Mito 13: Cabos e periféricos caros significam melhor desempenho e qualidade
Nem sempre o preço nas alturas é indicativo de boa qualidade e confiança, principalmente no que diz respeito aos eletrônicos. Muitas empresas tradicionais tendem a lançar um produto novo e aumentar exponencialmente o preço sem que ele esteja diretamente relacionado à qualidade. Pesquise marcas de confiança, mas que apresentem bom custo-benefício na hora de escolher seus aparelhos e periféricos.
Mito 14: Notebooks no colo causam esterilidade
Essa é bem antiga, e voltada para os homens: contava-se, há muito tempo, que o notebook era um fator relevante quanto a esterilidade. Há muitas variações deste mito, com os motivos indo da temperatura até a "radiação". Quanto ao primeiro item, a única coisa que pode acontecer é queimar a pele se o aparelho esquentar demais; do contrário, seus espermatozoides estão seguros.]]>
Mito 15: usar o seu próprio smartphone no trabalho é seguro
Há uma tendência em empresas chamada "Bring Your Own Device" (BYOD). Em tradução livre, significa "Traga Seu Próprio Dispositivo", e significa que funcionários podem acessar bancos de dados da empresa dos seus próprios aparelhos. Como consequência, as empresas precisam repensar as suas defesas e afinar as relações com o departamento de TI, especialmente no que diz respeito aos planos de recuperação de desastres. Uma proposta que se baseia em empregados trabalhando em casa durante uma quantidade variável de tempo não sobreviverá a ataques individuais ou que prejudicam a conectividade em rede. Além disso, quem sabe em quanto a diminuição de produtividade custará à empresa? Se a sua companhia tem um plano BYOD em progresso, certifique-se de educar os funcionários sobre boas práticas virtuais para evitar ataques cibernéticos." – Dan Moyer, gerente de marketing. Veja também: 11 aplicativos de produtividade para manter a sua vida sob controle
Mito 16: Deixar o computador ou notebook ligados no modo suspenso é melhor que desligá-los
Aqui está um mito perigoso. Não há nenhum mal em deixar um computador ou notebook trabalhando por mais tempo que o normal — caso você esteja fazendo um download grande ou outra atividade que requer mais tempo. No entanto, não desligá-los após o uso pode comprometer a vida útil de muitos componentes, tais como a fonte ou a bateria da placa-mãe dos dispositivos. Além disso, o gasto de energia torna-se desnecessário.
Mito 17: Antes de usar um telefone novo, ele precisa ser recarregado
Aqui está outro mito que fazia sentido antigamente, mas hoje não mais. Muitos fabricantes recomendavam que o usuário recarregasse a bateria antes do primeiro uso como meio de prolongar a vida útil dela. No entanto, isso acontecia novamente com baterias níquel-cádmio, que não possuíam células que armazenavam a energia sem que ela se dissipasse mais rápido. As baterias mais atuais já não contam com esse problema, e você pode, sim, começar a usar seu aparelho novo sem realizar uma recarga antes de ligá-lo.
Mito 18: Esvaziar a lixeira do computador remove um arquivo do computador
A lixeira do Windows não tem todo esse poder. Na verdade, ao apagar um arquivo da lixeira, o usuário informa ao sistema que o espaço ocupado pelo arquivo anteriormente está livre para ser sobreposto por outros. Os arquivos ficam ocultos em um local específico do disco, inacessível manualmente no disco, tanto que existem programas capazes de restaurá-los parcial ou totalmente após a exclusão.
Mito 19: Colocar o roteador no chão melhora o sinal
Não há nenhum sentido neste mito: colocar um roteador no chão apenas limitará o sinal que ele emite, já que haverá muito mais obstáculos em que ele pode "esbarrar" no caminho. O ideal é instalar o roteador wi-fi em um ponto central, no alto, de forma que o sinal atinja sem problemas todos os pontos da casa.
Mito 20: Outra sobre roteadores: quanto mais antenas, melhor o sinal
Errado. A quantidade de antenas em um roteador serve apenas para distribuir melhor o sinal emitido pelo roteador, e não aumentar o multiplicar a frequência dele.
Mito 21: você não é um alvo potencial de ataques cibernéticos
"O maior mito da Internet é o que diz: 'Eu não sou um alvo'. Infelizmente, tudo e todos são um alvo, porque as ferramentas que hackers, cibercriminosos e organizações apoiadas por governos agem todos os dias do ano, a qualquer momento. Mesmo que os alvos não tenham utilidade ou interesse, ainda assim podem ser invadidos e usados como portas para ataques de outras redes. Imagine baleias patrulhando e absorvendo todo o plâncton. Você é o plâncton." – Jason McNew, CEO de uma empresa de segurança virtual.