Fernando de Noronha é um dos poucos lugares no planeta quem têm média de temperatura da água de 26°, o que é superanimador.
Redação | 23 de Fevereiro de 2019 às 21:00
Um dos destinos mais badalados – e ultimamente mais falados – do nosso país. Pode ser que uma viagem a Fernando de Noronha seja a realização de um sonho para muitos.
O Arquipélago de Fernando de Noronha, de origem vulcânica, é formado por 21 ilhas e dá seu nome à maior delas. E por conta da sua geografia, esta ilha foi uma das primeiras terras avistadas no Novo Mundo.
“O paraíso é aqui.” Assim Américo Vespúcio descreveu a Ilha em uma carta náutica, em 1503, que chamou de São Lourenço. A carta fala de “infinitas águas e infinitas árvores; aves muito mansas, que vinham comer às mãos; um boníssimo porto que foi bom para toda a tripulação”.
Em 1504, a ilha foi doada a Fernão (nosso Fernando) de Noronha, que, de fato, havia financiado a expedição. Foi a primeira Capitania Hereditária do Brasil, mas jamais seu donatário a ocupou. Veja mais em www.noronha.pe.gov.br.
Conheça um pouco mais da história:
O arquipélago esteve abandonado por mais de dois séculos e foi ocupado por muitos povos. Temporariamente por holandeses no século 17 , quando foi chamado de “Pavônia”, e no século seguinte por franceses, lhe deram o nome “Ile Delphine”.
Com a definitiva ocupação por Portugal, por meio da Capitania de Pernambuco, a partir de 1737, foi construído um modelo defensivo com dez fortificações — “o maior sistema fortificado do século 18 no Brasil” —, dentre os quais a Fortaleza de N. Sa. dos Remédios. Os fortes, em sua maioria continuam de pé e dos demais permanece apenas material para os arqueólogos.
Em 1938 o arquipélago foi cedido à União, para que instalassem ali um Presídio Político. Em 1942, foi criado o Território Federal Militar, durante a II Guerra Mundial.
Após esse período o arquipélago se transformou em um presídio comum, para presos condenados a longas penas. Foram os presidiários que ergueram todas as edificações e o sistema urbano que liga vilas ruínas e fortes.
Em 1988, com a Constituinte, o território foi reintegrado ao Estado de Pernambuco. Nesse mesmo ano foi criado o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PARNAMAR/FN) e a Área de Proteção Ambiental Estadual. Mais tarde, em 2001, a UNESCO declarou o arquipélago Sítio do Patrimônio Mundial Natural.
Apesar de protegida como parque nacional, muito do seu ecossistema terrestre foi destruído. A vegetação original foi quase toda dizimada quando um presídio funcionava na ilha, para evitar que eles fugissem e se escondessem.
Ilustres cientistas passaram pelo arquipélago. Entre eles, o naturalista Charles Darwin, pai da Teoria da Evolução das Espécies, em 1832. E também artistas como os franceses Debret e Laissaily registraram em desenhos e pinturas suas belezas naturais, com a presença dos homens na ilha.
No arquipélago, para manter o turismo, equilibrando a presença do homem e a natureza, foi desenvolvido um programa de proteção de forma sustentável, restringindo o número de visitantes a este santuário ecológico.
Para curtir Noronha você precisará de no mínimo 5 dias. São inúmeras as belezas naturais e as opções de mergulho, caminhada e passeios de barco.
A ilha principal, possui 17 km², com cerca de 10 km de comprimento e 3,5 km de largura. Na ilha estão os sítios históricos:
Ao redor dessa ilha maior, outras ilhotas completam o cenário descrito por estudiosos. São as Ilhas Secundárias (todas essas ilhas estiveram ligadas no passado).
No site oficial de Fernando de Noronha eles recomendam que você leve:
Leve dinheiro para pagar as suas contas, porque a maioria do comércio do Arquipélago não aceita cartão de crédito.
Em Fernando de Noronha, a temperatura média é de 28 graus na terra e 26 graus no mar. Quem conhece a região avisa que lá há apenas duas estações: uma seca (de setembro a março) e outra chuvosa (de abril a agosto). E que o período de chuva é caracterizado por chuvas esporádicas e sol intenso.
Bastante protetor solar, muita disposição, e aproveite a viagem! Bom mergulho!