Saiba o que é e como praticar o ecoturismo, essa atividade que está de popularizando e atraindo cada vez mais adeptos no Brasil e no mundo.
Amanda Santos | 22 de Novembro de 2019 às 10:00
Conhecer o mundo cuidando da natureza. Utilizar de forma sustentável e consciente o patrimônio natural, contribuindo para a sua preservação. Esse é o lema do ecoturismo, a atividade turística que não para de crescer e ganhar adeptos no Brasil e no mundo inteiro. E não é para menos: além da consciência ambiental, o turismo ecológico promove o bem-estar entre os povos e a valorização de culturas regionais.
Com a sustentabilidade e a preservação do planeta no centro dos debates públicos é fundamental que cada vez mais pessoas adotem práticas que sejam capazes de unir a paixão por viajar com a preservação do meio-ambiente.
Mas como fazer parte disso? É realmente possível conhecer o mundo praticando ecoturismo? Sim, é possível, basta ter a mente aberta e as informações certas.
Quem está acostumado a viajar sabe que fazer o dever de casa antes de partir é a melhor maneira de tornar sua viagem uma experiência agradável, especialmente em viagens internacionais. Com o turismo ecológico, não é diferente.
Por isso, é fundamental equipar-se com bastante conhecimento antes de viajar:
Para encontrar hotéis ecologicamente corretos, mais uma vez a internet será a sua maior aliada. Já que maioria dos hotéis atualmente têm sites com o lema da empresa e listas de detalhadas de atividades disponíveis, não será difícil encontrar os que apoiam a causa ecológica.
Caso não encontre hotéis eco-friendly (amigo do meio ambiente), procure poupar energia e água. Você pode fazer isso utilizando a roupa de cama e banho por mais de uma noite, não passar muito tempo no banho, além de apagar as luzes e desligar o aquecedor ou ar-condicionado quando sair do quarto.
Outra opção é apostar nos hostels, onde um quarto é compartilhado entre vários hóspedes e, normalmente, todos colaboram para a manutenção da limpeza e organização do local.
Em alguns países, saber o que comprar e quanto pagar pode ser uma questão complicada. Para se certificar de que não está, sem querer, incentivando o comércio de animais em risco de extinção, não compre:
Aonde quer que vá, deixe um rastro leve na terra. Respeite a flora e a fauna nativas e siga as regras dos parques nacionais. Sobretudo, não se afaste das trilhas marcadas nas florestas tropicais. Você poderá pisar em plantas delicadas ou contribuir para a erosão em ambientes frágeis.
Lembre-se de dispor do lixo adequadamente, em especial em lugares mais altos e frios, onde as coisas levam mais tempo para se decompor. Se estiver acampando em região selvagem, acondicione o lixo e leve-o de volta. Ainda há a possibilidade viajar com uma agência de turismo que se encarregue de remover o lixo de maneira responsável.
Também é importante jogar a água usada a pelo menos 50 m de qualquer curso de água, para não contaminá-lo. Quando estiver mergulhando, tenha certeza de que o seu equipamento está bem preso, para que não danifique bancos de coral. Em algumas regiões, mergulhadores são incentivados a não usar luvas para que não sejam tentados a tocar o coral.
Por fim, nunca persiga animais marinhos, não toque nos animais, nem os alimente sem a orientação de um especialista. Alguns ficam viciados em alimentos humanos, o que é prejudicial à sua dieta natural. Em tempo, também evite tirar fotos com os animais em risco de extinção apenas para postar nas redes sociais. Recentemente foi descoberto que as selfies com lontras estão contribuindo para o risco de desaparecimento da espécie.
O fascínio pelas tartarugas marinhas e a curiosidade quanto ao trabalho desenvolvido pelo Projeto Tamar, associados à riqueza natural, cultural e histórica de cada lugar, têm feito do turismo uma importante fonte de renda em muitas comunidades — seja por meio de programas próprios do Tamar ou dos empregos que o turismo gera nos comércios locais.
Esse fenômeno é especialmente visível na Praia do Forte (BA), em Fernando de Noronha (PE) e em Ubatuba (SP). Outros destinos nacionais para o ecoturismo são: Abrolhos (BA), Ilha Grande (RJ), Atibaia (SP), Chapada dos Veadeiros (GO), Garopaba (SC), Ilha de Marajó (PA).
Para mais informações sobre ecoturismo no Brasil, conheça o Instituto EcoBrasil.