Linda, divertida e cheia de história para contar, Vera Fischer revela os planos para o aniversário e relembra como foi atuar em "O Clone".
No próximo dia 27 Vera Fischer completará 70 anos. Linda, divertida e cheia de história para contar, a atriz não vai fazer festa por conta da pandemia do coronavírus. O brinde junto aos fãs será fazendo o que mais gosta: produzindo arte, com muito trabalho. Só este ano a atriz já gravou dois filmes, em janeiro vai estar nos palcos com a peça “Quando eu for mãe quero amar desse jeito”, irá lançar a sua galeria on-line – com quadros que pintou entre os anos de 2006 e 2007 – e muito mais. “O grande público conhecerá uma Vera que atua, pinta, escreve, desenha joias, cuida da beleza, canta, dirige filmes trash e conduz a concepção de sua biografia”, afirma.
De volta à TV com a reprise de “O Clone”, Vera Fischer conta que ao saber do retorno do folhetim ao “Vale a Pena Ver de Novo”, após 20 anos da exibição da trama original, ficou feliz, em especial pelo fato de a novela trazer à tona assuntos diversos.
“Essa novela é um sucesso em vários lugares do mundo. Eu amava todos do elenco. Era incrível como a gente se dava bem, e isso desde as gravações iniciais no Marrocos, quando começamos o trabalho com uma equipe um pouco menor. Era tão engraçado, tão gostoso… Eu lembro que tirei muitas fotos do elenco e dei de presente para as pessoas, que diziam que não estavam mais acostumadas a ganhar fotos em papel. A novela tinha atores brilhantes como Juca de Oliveira, Murilo Benício, Giovanna Antonelli e Letícia Sabatella”, conta a atriz.
Por falar em lembranças, as que ela guarda do Marrocos, local que serviu como pano de fundo para contar parte da trama, não esconde que a viagem ao país do Norte da África foi uma experiência incrível.
“Sou apaixonada por muitas coisas da cultura árabe. Pelas cores, espaços, monumentos, movimentos, sons… Acho tudo lindo! Nós tínhamos dias de folga e visitávamos as medinas, fazíamos contato com uma cultura rica e diversa”, diz Vera Fischer, que trouxe na mala, na volta para o Brasil, muitos presentes que usa até hoje. “Eu comprei muita coisa no Marrocos. Milhões de colares e roupas que depois viraram moda como os kaftans e djellabas. Agora, sou menos consumista, mas naquela época eu era bem mais! E chegando ao Marrocos, não tive como não comprar aquelas coisas maravilhosas, que têm uma apresentação fantástica, de milhares de anos de história”.
Com a reprise de “O Clone” no ar, Vera conta que a personagem Yvete a fez lembrar sua personalidade jovem, alegre, que mantém viva em seu dia a dia até hoje. “A Yvete ‘chega chegando’, fazendo o que tem vontade. Esse trabalho me deu a chance de mostrar um pouco da Vera menina; de botar para fora a sensação de não ter culpa por ser alegre, de querer ser feliz. Eu pude tirar de dentro de mim a Vera menina, adolescente. A Vera de hoje ainda é um pouco assim… Tenho esse lado ingênuo, meio bobão, e ele aflorou com a personagem”, conta.
Seja na América Latina ou na Rússia, a atriz conta que até hoje é abordada nas ruas por conta do trabalho em “O Clone”.
“Muita gente ama a Yvete. Ela é muito diferente, cabeça de vento, apaixonada e passional. Na Rússia, particularmente, a personagem fez um sucesso absurdo e eu fico louca para visitar o país e sentir mais de perto a reação das pessoas. Saber o que elas têm para me falar”, diz.