No ar com a reprise de Flor do Caribe, a atriz reflete sobre quarentena, alimentação e a passagem do tempo.
Conhecida do grande público por diversos papéis que já interpretou na TV, Rita Guedes está no ar com a reprise da novela “Flor do Caribe” e no streaming da Globoplay com a série “Arcanjo Renegado”. Musa da década de 1990, ela continua linda.
Aos 48 anos, confessa que faz questão de manter o corpo com formas femininas: nada de exageros, de músculos sobressaltados.
“Existem mulheres que têm o corpo assim e eu acho bonito. Mas é algo que não gosto para mim. Prefiro o meu corpo com formas mais femininas. Como ‘pego’ músculo com facilidade, às vezes, preciso segurar a onda ao fazer os exercícios. Quando sinto que o meu braço ou a minha perna estão ficando muito musculosos, dou uma segurada na malhação”, diz.
Na rotina de exercícios entram os treinos aeróbicos – para ter mais disposição no dia a dia – e a ioga.
“Hoje eu já faço sozinha, mas Orlando Cani foi o meu mestre durante muitos anos. A ioga, que comecei a praticar quando eu tinha 21 anos, e o Kempo me trouxeram consciência corporal. Passei a ficar menos ansiosa e acertei a minha postura e ganhei tônus muscular”.
Espelhando-se em na atriz italiana Sophia Loren como um ideal de beleza, Rita confessa que se sente melhor hoje, madura e realizada com tudo o que conquistou até aqui.
“Uma mulher com a idade que ela tem, que fez tudo na medida certa, e ainda continua linda, sensual e poderosa, então, é esse o ideal que quero para mim. A pior coisa que existe para uma mulher é a comparação. Você se comparar com as outras ou relembrar como era o seu corpo há 20 anos, isso não tem nada a ver. Olho para mim, como estou hoje, e tento fazer o melhor que posso e com a idade que tenho. Aliás, gosto da idade que tenho, acho que estou muito melhor agora. E toda idade é isso: perdem-se algumas coisas e ganham-se outras”, explica.
E completa: “As coisas que estou ganhando pesam muito mais do que as que estou perdendo. Não tive nenhuma crise aos 30 anos, que dizem que existe. E nem aos 40. Teve um acontecimento que me deixou mal, que foi quando sofri um acidente, isso há um ano. Eu tive uma hemorragia craniana e um problema na minha cervical – tanto que faço fisioterapia até hoje, mas estou bem. Gosto de me olhar no espelho e me reconhecer. O que me faz me sentir bem é ser saudável e estar feliz com o meu corpo. Esse é o caminho”.
Atenta à alimentação
Nada de refrigerantes e nem frituras. Consciente quando o assunto é alimentação, a atriz procura ter hábitos saudáveis à mesa. Não segue dieta por não conseguir se adaptar e dá preferência aos alimentos orgânicos.
“Eu faço a minha alimentação. Procuro me informar sobre o que é saudável e monto o meu cardápio. Porém, evito muitas coisas. Não bebo refrigerante e o açúcar já bani da minha casa. Há mais de dez anos não como açúcar. Não consigo mais comer doce. Se faço isso, fico enjoada. O meu corpo nem se adapta mais ao doce. Além da fritura, não como nada enlatado e dou preferência para frutas e verduras, sempre! Ainda não consegui me livrar da carne, mas faço uma ingestão mínima durante as refeições. E dou preferência para os peixes”, conta.
Apesar de ser disciplinada, Rita tem os seus momentos de gula. Já que não é fã de doce, ele fica por conta do salgado.
“Sou muito fã daqueles que são fritos! Às vezes, me dou ao luxo de comer alguns salgadinhos. Adoro esfiha, quibe e coxinha”, entrega.
Clima solar no ar
No ar com a personagem Doralice, na reprise especial de “A Flor do Caribe”, a atriz acredita que a escolha do folhetim de Walther Negrão veio no momento certo.
“A novela é solar, feliz e com locações maravilhosas. Grande parte das externas foi gravada no Rio Grande do Norte, com aquele cenário lindo, paradisíaco das dunas. E, ao mesmo, o folhetim traz à tona temas relevantes para os dias de hoje: ganância, poder, preconceito racial e adoção. Então, acho que é uma novela que veio num momento bacana onde todo mundo está aproveitando este isolamento social para discutir estas e outras questões, com um olhar mais humano”, afirma.
Em casa e respeitando o isolamento social, a atriz conta como tem sido os seus dias de quarentena.
“É um momento em que temos que respeitar e não lutar contra. É um tempo de introspecção e de valorização das pessoas. Eu moro sozinha e vi poucas vezes os meus pais. Precisamos ter essa consciência com um olhar mais amoroso, de mais carinho e cuidado com o outro. Estou me envolvendo com algumas lives, vivendo a minha pandemia de maneira criativa, otimista e feliz”, finaliza.