“Considero essa personagem como uma mudança na minha carreira", revela Eliane Giardini sobre Nazira, a sua personagem em "O Clone".
Márcio Gomes | 24 de Novembro de 2021 às 15:00
De volta à TV com a reprise de “O Clone”, a atriz Eliane Giardini – conhecida por diversos trabalhos de sucesso em tramas como “Renascer”, “Explode Coração”, “A Indomada”, “A Casa das Sete Mulheres”, “Avenida Brasil”, e outros – conta que a novela escrita por Gloria Perez foi um divisor de águas em sua carreira.
“A Nazira me abriu o mundo da comédia. Já havia experimentado o humor na novela anterior (‘Explode Coração’), mas essa personagem foi além do esperado… Uma mulher com muita vitalidade, inconformada com seu papel de cuidadora dos irmãos mais novos e de suas cunhadas; criativa e romântica. O humor salvou a Nazira da vilania”, afirma a atriz, que recebeu o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor atriz pelo trabalho em “O Clone”.
Marcante até os dias de hoje, Eliane sabe que sua Nazira caiu no gosto do público. Não há quem não se lembre da cena final do folhetim com a personagem em cima de um cavalo com seu príncipe Miro (Raul Gazolla) caminhando rumo ao céu.
“Considero essa personagem como uma mudança na minha carreira. Vinha fazendo papéis dramáticos e teria continuado assim se não fosse essa novela. Desde então minhas personagens carregam essa atmosfera dramática e cômica”, conta.
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Sentindo-se à vontade para usar as roupas em cena de Nazira, a atriz conta que fora da televisão prefere roupas básicas e looks clean, sem muitos detalhes.
“Eu me sentia muito bem usando aquele figurino. Mas sou muito básica na vida real, no meu dia a dia. Era um figurino tão cheio de detalhes e era meu trabalho diário entrar na personagem. Era quase um ritual de pedir passagem”, conta.
Das boas recordações da novela “O Clone”, Eliane não se esquece da viagem realizada até Fez, no Marrocos, antes das gravações do folhetim de Gloria Perez. Na época, convidada por Jayme Monjardim que levou o núcleo árabe da novela para vivenciar os costumes no país, a atriz conta que pôde ter uma preparação luxuosa para entrar no universo da personagem.
Por falar em lembranças, Eliana conta que as da novela “O Clone” eram uma grande diversão. “Sempre é muito bom fazer novela, tenho muita sorte com trabalhos e elencos. Mas o elenco, o camarim e o set de ‘O Clone’ eram impagáveis”, relembra.
Sem parar, aos 69 anos a atriz tem feito diversos trabalhos seguidos, mostrando que há espaço, cada vez maior, para atrizes maduras. Tanto que ela frisa que, no momento, há mercado de trabalho para mulheres mais velhas.
Ícone de beleza, Eliane lida bem com o passar dos anos. A atriz está escalada para a próxima novela de João Emanuel Carneiro.
“Sinto uma grande liberdade ao imaginar que estou envelhecendo. Os tempos são outros… Temos que atuar no tempo em que vivemos para não sermos ultrapassados pelo próprio tempo. E isso é mais importante do que fazer plástica”, finaliza a atriz.
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