Descubra o que é, quais são as possíveis causas e como lidar com o incômodo do zumbido no ouvido, também chamado de tinido.
Iana Faini | 1 de Novembro de 2019 às 10:00
Podem dizer que o zumbido no ouvido é coisa da sua cabeça, mas, não, ele é muito real. A barulheira, o assobio ou a velha campainha nos ouvidos aflige muitas pessoas. Saiba mais sobre este incômodo a seguir.
O nome médico para o zumbido persistente nos ouvidos étinido, de tinnitus, que, em latim, significa “soar da campainha”. Em determinadas pessoas, principalmente naquelas com mais de 60 anos de idade, o zumbido pode ser tão perturbador a ponto de interferir no sono e gerar depressão e ansiedade.
Ruído de campainha, zunido, ronco, assobio ou apito nos ouvidos. Às vezes, o tinido só é percebido se você estiver em um lugar silencioso.
A maioria dos casos de zumbido deriva da perda auditiva causada pela idade ou pela exposição repetida a barulhos intensos (música alta, tiros, maquinário industrial), que podem lesar os nervos e os minúsculos pelos no ouvido interno que detectam o som.
Outras causas, algumas das quais facilmente remediáveis, incluem o excesso de cera no ouvido, otites, excesso de álcool, insuficiência da circulação sanguínea e os efeitos colaterais de determinadas medicações, principalmente antibióticos ou ácido acetilsalicílico. Além de tumores, alergias e problemas na mandíbula e no pescoço.
Existem diversos tratamentos disponíveis dependendo da causa do problema. Por isso, não hesite em procurar um neurologista se o ruído interferir nas suas atividades diárias ou no sono; se vier acompanhado de dormência facial, tontura, náuseas ou perda de equilíbrio; ou se afetar apenas um ouvido durante um período prolongado.
Se você nunca teve zumbido no ouvido ou se ele está apenas começando, evite que se agrave observando as 6 recomendações a seguir:
Um dos principais responsáveis pelo tinido é a perda auditiva associada ao ruído, mesmo que seja pequena e passe despercebida. Até a permanência em um ambiente barulhento, como um restaurante, pode estimular o aparelho auditivo e intensificar o tinido temporariamente.
A introdução do dedo ou de objetos no ouvido empurra a cera contra o tímpano, o que contribui para o surgimento ou o agravamento do zumbido.
O tinido está associado a mais de 200 medicamentos. Se você estiver ouvindo campainhas ou zunidos, pergunte ao médico se a causa pode ser um dos medicamentos que toma e se é possível reduzir a dose ou trocá-lo. Alguns dos piores culpados são aqueles que causam lesão do ouvido interno, como as quininas (usadas no tratamento da malária e da artrite reumatoide), os diuréticos, alguns antibióticos e determinados quimioterápicos. Se você toma ácido acetilsalicílico com frequência, converse com o médico sobre outras opções, pois seu uso excessivo pode causar tinido. Em baixas doses diárias, porém, não se preocupe; a quantidade não é suficiente para causar o zumbido.
O tinido é um sintoma comum na doença da articulação temporomandibular (ATM), na qual há estresse ou desalinhamento da articulação que movimenta a mandíbula e os músculos e ligamentos que a sustentam. Além disso, a hiperextensão prolongada do pescoço, como a postura adotada ao andar de bicicleta, pode causar tinido. Diante do espelho, pergunte a si mesmo: eu pareço um pássaro apanhando minhocas com o bico? Se a resposta for sim, seu pescoço está hiperestendido.
A hipertensão arterial pode causar zumbido no ouvido. É mais provável que você escute o sangue correndo pelos vasos sanguíneos se a pressão do fluxo estiver alta. Também é preciso controlar o nível de colesterol, pois o estreitamento das artérias poderá tornar o fluxo sanguíneo turbulento e ruidoso. O consumo de muito sódio pode agravar o tinido, pois eleva a pressão arterial. Mantenha distância dos alimentos processados.
Baixos níveis de ferro ou de hormônios tireoidianos no sangue estão associados a tinido.