A vitamina K é o único nutriente que mobiliza todo o processo de coagulação do sangue assim que ocorre o ferimento. Sem ele, nós sangraríamos até morrer.
Thaís Garcez | 7 de Março de 2019 às 18:02
A vitamina K é o único nutriente que mobiliza todo o processo de coagulação do sangue assim que ocorre o ferimento. Sem ele, nós sangraríamos até morrer. Pesquisadores descobriram que essa vitamina desempenha uma função protetora também na saúde dos ossos. Sua deficiência é rara em pessoas saudáveis, mesmo que o organismo não armazene em grandes quantidades. Porém, veja como manter as taxas de vitamina K normais.
Os médicos, com frequência, recomendam doses preventivas de vitamina K se o sangramento ou hemorragia forem questões preocupantes. Mesmo quando não existe deficiência, os cirurgiões a prescrevem antes de uma cirurgia a fim de reduzir o risco de sangramento pós-operatório. Sob supervisão médica, ela também pode ser prescrita para o sangramento menstrual excessivo.
Embora não seja ainda um tratamento amplamente aceitável, a vitamina K pode oferecer grandes benefícios àqueles que sofrem de osteoporose. Alguns estudos demonstram que ela ajuda o organismo a utilizar o cálcio e diminui o risco de fraturas. Além disso, pode ser importante principalmente para a manutenção de ossos saudáveis em mulheres idosas. Não é surpresa o fato dessa vitamina fazer parte dos ingredientes que constituem muitas fórmulas de desenvolvimento ósseo.
As formas naturais de vitamina K ocorrem a partir da clorofila; a mesma substância que confere às plantas sua coloração verde. Portanto, os vegetais de folhas verdes, incluindo couve e acelga, são os mais ricos nessa vitamina. Brócolis, cebolas e couve-de-bruxelas são também boas fontes. Outros alimentos com certa quantidade incluem: pistache, óleos vegetais, carnes vermelhas e produtos lácteos.
Uma xícara de couve fornece o equivalente a mais de cinco comprimidos de 100 mcg de vitamina K.
Atualmente, pesquisadores já sabem que a maior parte das necessidades corporais de vitamina K são atingidas pelas bactérias intestinais que a produzem, sendo apenas 20% obtidos a partir dos alimentos. Sendo assim, a ingestão diária recomendada (IDR) é baixa: 80 mcg para adultos.
A deficiência dessa vitamina é encontrada somente nas pessoas com doenças hepáticas ou enfermidades intestinais que interferem na absorção de gordura. Contudo, os níveis podem ser diminuídos como resultado da utilização a longo prazo de antibióticos. Um dos primeiros sinais de uma deficiência é a tendência a sofrer equimoses facilmente. Aqueles sob risco necessitam de monitoração médica cuidadosa, porque podem sangrar até a morte por decorrência de um ferimento grave.
Se você toma medicamentos para afinar o sangue e come grandes quantidades de vegetais de folhas verdes, converse com seu médico. Sua dose de medicamentos pode necessitar de ajustes.
A condição contrária, ou seja, o excesso de vitamina K, é muito difícil de acontecer, porque ela não é abundante em nenhum alimento (com exceção das folhas verdes). Embora mesmo doses muito elevadas não sejam tóxicas, doses altas podem ser perigosas se você toma medicamentos anticoagulantes. Além disso, podem causar rubor e sudorese.
Os suplementos vitamínicos frequentemente contêm entre 25 e 60 mcg de vitamina K. As fórmulas para fortalecimento ósseo fornecem cerca de 300 mcg ao dia, o equivalente a uma grande salada de folhas em sua alimentação diária. Doses mais elevadas (como aquelas contidas nos multivitamínicos pré-natais) podem ser prescritas sob supervisão médica às pessoas com necessidades terapêuticas específicas.
A vitamina K deve ser tomada junto com as refeições para aumentar sua absorção. Mas, se você tem algum problema de saúde, converse com o seu médico antes de tomar suplementos.