O Ministério de Saúde registrou o caso no dia 08 de agosto e irá realizar mais pesquisas sobre a doença em gestantes
Um bebê nasceu com algumas alterações estruturais após a mãe ser contaminada por um vírus no segundo mês da gravidez. O Ministério da Saúde e a Secretaria do Estado de Saúde do Acre estão investigando mais profundamente a relação do vírus com as anomalias do bebê, que veio a óbito, mas o órgão federal alerta para algumas medidas de proteção que podem evitar o contágio.
Entenda o que aconteceu e conheça o vírus que vem preocupando especialistas com seu aumento no número de casos.
Vírus causou anomalias em criança no Acre
O bebê nasceu no Acre com microcefalia, malformação das articulações e outras anomalias congênitas e exames realizados nos laboratórios do Instituto Evandro Chagas demonstraram a presença de material genético do vírus Oropouche em diferentes tecidos do bebê. Embora a mãe tenha recebido o diagnóstico positivo para a doença, não há correlação direta entre as anomalias e a doença, o que motiva a realização de mais pesquisas.
No entanto, o aumento de casos de transmissão vertical, ou seja, condições serem passadas da mãe para a criança durante a gestação, é inédito e chama a atenção dos especialistas. Por isso, será enviada uma nota com os métodos atualizados para que os estados e os municípios consigam lidar com recém-nascidos e gestantes que apresentem os sintomas da doença.
Vale lembrar que foram registrados 7.497 casos de Oropouche, em 23 estados brasileiros em 2024, e os dois primeiros óbitos da doença também aconteceram este ano. Além disso, é importante destacar que a primeira morte por coqueluche foi confirmada depois de três anos, o que evidencia a necessidade de acompanhar notícias e seguir as orientações dos especialistas sobre cuidados com vírus.
O que é o Oropouche e como evitar?
O Oropouche é uma doença transmitida principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Seus sintomas são bastante parecidos com os da dengue, como dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia, entretanto, não existe tratamento específico nem vacina para a doença. Assim, recomenda-se tentar evitar ou reduzir a exposição às picadas dos insetos. Para isso você pode usar roupas compridas, de sapatos fechados e de repelentes nas partes do corpo expostas.
A limpeza de terrenos e de locais de criação de animais, o recolhimento de frutos e folhas do solo, e a instalação de telas de malha fina em portas e janelas pode ajudar a evitar o contato com o inseto.
Então, com base nesse comportamento diferente do vírus, o Ministério montou três grupos de pesquisa para conhecer melhor o transmissor da doença. Logo, é muito importante estar atento ao que o órgão fala pois suas orientações são essenciais para evitar um surto da doença. Considerando que o Ministério da Saúde também está avaliando a situação do mpox, ter acesso a informações de qualidade é ainda mais fundamental.
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