Estudo apontou relação entre o hábito de ver televisão por muitas horas e o desenvolvimento da demência em idosos.
Redação | 26 de Agosto de 2022 às 16:00
Pesquisadores da universidade do Sul da Califórnia (USC) e da Universidade do Arizona descobriram que quem assiste à televisão em excesso tem um risco aumentado em 20% de desenvolver demência.
Utilizando o UK Biobank, banco de dados que reúne informações biomédicas de meio milhão de adultos no Reino Unido, o estudo contou com cerca de 146 mil participantes. Todos tinham mais de 60 anos e praticavam hábitos diferentes. Dessa forma, o tempo que em frente à TV e ao computador variava de acordo com o estilo de vida e o cotidiano de cada um. Durante 12 anos, as pessoas que integravam a pesquisa foram analisadas.
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Partindo do fato de que no início ninguém sofria da doença, o objetivo era compreender a ligação entre o sedentarismo e o declínio cognitivo. Embora normalmente a probabilidade de adquirir demência aumente por si só entre idosos, os resultados indicaram que ver TV por longos períodos amplia o risco ainda mais.
Os dados obtidos mostraram que aproximadamente 3.500 dos participantes que desenvolveram demência relataram assistir à televisão por mais de três horas diárias. Assim, a conclusão foi de que, para cada hora de televisão assistida, a chance de desenvolverem a doença se elevou em 24%. Contudo, Contudo, não foi observado o mesmo efeito em quem usa o computador. Para cada hora passada em frente ao dispositivo, houve uma redução de 25% associada.
Publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo aponta revele que ficar sentado por um longo tempo está relacionado a uma redução do fluxo sanguíneo no cérebro. Mas os cientistas também observaram que o estímulo decorrente do uso do computador ou da leitura de um livro pode inativar as respostas negativas deste comportamento. Por fim, o trabalho apontou que a atividade escolhida influencia mais na deterioração cerebral que o período que se passa sentado.