A vitamina E pode auxiliar na prevenção de doenças cardíacas e até retardar o processo de envelhecimento. Saiba como essa vitamina atua no seu organismo.
Thaís Garcez | 1 de Janeiro de 2020 às 20:00
Uma das “estrelas” do grupo dos nutrientes com capacidade antioxidante, a vitamina E oferece vários benefícios, que incluem proteção contra doenças cardíacas, câncer e outras. Por ser lipossolúvel, ela á armazenada no corpo durante períodos relativamente longos, principalmente no tecido adiposo e no fígado. É encontrada apenas em alguns alimentos, e muitos deles apresentam alto teor de gordura. Sendo assim, é relativamente difícil conseguir a quantidade necessária de vitamina se você mantém uma alimentação saudável pobre em gordura. Portanto, os suplementos vitamínicos podem ser bastante úteis na obtenção das quantidades ideais deste nutriente.
Uma das funções básicas da vitamina E é proteger as membranas celulares. Além disso, também ajuda o organismo a utilizar selênio e vitamina K. Porém, sua importância decorre de seu potencial no combate às doenças como um antioxidante. Portanto, ela ajuda na destruição ou neutralização dos radicais livres; as moléculas instáveis de oxigênio que causam lesão às células.
A vitamina E pode ser importante na prevenção do câncer ao defender as membranas celulares e atuar como antioxidante. Uma das pesquisas mais importantes realizadas até hoje sugere que ela pode ajudar a proteger contra as doenças cardiovasculares, incluindo infarto do miocárdio e AVC; descubra a ligação entre gordura intra-abdominal e doenças cardíacas. Reduz também os efeitos prejudiciais do LDL e previne a formação de coágulos sanguíneos. Além disso, atua na diminuição dos processos inflamatórios associados às cardiopatias. Estudos sugerem, inclusive, que a ingestão juntamente com vitamina C pode ajudar a bloquear alguns dos efeitos prejudiciais de uma refeição rica em gorduras.
Como a vitamina E protege as células dos danos causados pelos radicais livres, alguns especialistas acreditam que ela possa retardar o envelhecimento. Existem ainda evidências de que ela melhora a função imunológica nos idosos, combate toxinas oriundas do tabagismo e de outros poluentes. Pode atuar também na doença de Parkinson, adiar o desenvolvimento de cataratas e diminuir a progressão de doença de Alzheimer.
Em outra pesquisa, verificou-se que ela pode atenuar a intensa dor nas pernas causadas por problemas circulatórios. Ela pode ainda aliviar a dor e a sensibilidade pré-menstrual das mamas. Por fim, muitas pessoas relatam que aplicar cremes ou óleos que contêm a vitamina sobre feridas na pele ajuda a promover a cicatrização.
A ingestão diária recomendada (IDR) é de 10 mg para adultos (7 UI). Embora essa quantidade seja suficiente para prevenir a deficiência dessa vitamina, doses maiores são necessárias para obter o efeito antioxidante. Ingestões de vitamina E abaixo da IDR podem causar lesões neurológicas e diminuição da vida das hemácias. Se você tem uma alimentação balanceada, contudo, provavelmente não corre este risco.
Não tome vitamina E dois dias antes ou após a realização de uma cirurgia. Além disso, se você toma anticoagulantes ou ácido acetilsalicílico sob prescrição médica, deve consultar um médico antes de tomar a vitamina.
Não foram descobertos efeitos tóxicos resultantes da ingestão de grandes doses de vitamina E, mesmo em níveis tão elevados quanto 3.200 UI ao dia. Efeitos menores, como dor de cabeça e diarreia, raramente foram relatados. Porém grandes doses podem interferir na absorção de vitamina A – indicada para o tratamento de problemas oculares e infecções.
O gérmen de trigo é uma extraordinária fonte alimentar de vitamina E: 28 g (cerca de 2 colheres de sopa) contêm o equivalente a 54 UI. Quantidades benéficas também são encontradas em óleos vegetais, frutas secas e sementes, vegetais de folhas verdes e grãos integrais.