Vasinhos podem virar varizes? Cirurgião vascular explica

Você já se perguntou se vasinhos na pele podem virar varizes? Confira entrevista com cirurgião vascular que explica essa relação!

Julia Monsores | 3 de Maio de 2021 às 17:00

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Se você já notou a presença de uma teia de vasos avermelhados nas suas pernas, certamente já se perguntou se esses vasinhos podem virar varizes. Dúvida muito comum entre as pessoas, saiba agora o que representam esses sinais em sua pele e se há riscos para sua saúde.

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Qual é a diferença entre vasinhos e varizes?

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Os vasinhos, também chamados de telangiectasias, nada mais são do que varizes muito pequenas, que possuem menos de 3 mm de diâmetro. São considerados o primeiro grau da Doença Venosa Crônica. Eles são assintomáticos ou apresentam sintomas leves, como coceira e ardência no local de concentração. Já as varizes, são veias maiores. Trata-se do grau 2 da mesma doença.

Ou seja, a diferença entre vasinhos e varizes está apenas no tamanho, uma vez que as duas estão relacionadas com a Doença Venosa Crônica.

Vasinhos podem virar varizes?

Apesar de, do ponto de vista médico, tratarem-se da mesma doença, vasinhos não se tornarão varizes, porque são estruturas diferentes, tipos de veias distintas.

“Eles consistem em pequenas veias localizadas na camada da pele chamada derme, enquanto as varizes são encontradas no meio do tecido gorduroso abaixo da pele. Vale dizer que ambos são sinais da mesma doença crônica, portanto, vasinhos, principalmente nos tornozelos, indicam que há mais chances de ocorrência de varizes”, explica o Dr. Eduardo Toledo de Aguiar, que é cirurgião vascular e que é Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

Porém, o médico destaca que não se pode falar de uma evolução de um tipo para o outro. E isso porque esse processo pode ocorrer concomitante ou independentemente. Desse modo, um paciente pode ter varizes sem apresentar vasinhos, e vice-versa.

Quando procurar um cirurgião vascular?

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O cirurgião vascular é o médico especialista em sistema circulatório — artérias, veias e sistema linfático. Assim, ele é responsável por avaliar e diagnosticar as doenças vasculares em estágio inicial, como os vasinhos ou avançado no caso das varizes, encaminhando a paciente para o melhor tratamento após o diagnóstico. 

“Muitas pessoas acreditam que o único inconveniente das varizes é o constrangimento estético, porém, trata-se de uma doença que pode trazer sintomas desagradáveis e complicações. Por isso, ao apresentar qualquer sinal, é importante consultar o médico de varizes , principalmente quando os sinais estéticos são acompanhados de sintomas”, explica o Dr. Eduardo Toledo de Aguiar.

Alguns dos sintomas de varizes são:

“Já os vasinhos, geralmente, são indolores, então, é importante atentar-se a isso”, complementa o Dr. Eduardo Toledo de Aguiar.

Fatores de risco

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Como exposto, tanto os vasinhos quanto as varizes são sinais de um quadro mais amplo, que é a Doença Venosa Crônica, que costuma ocorrer mais em mulheres, mas que também pode acometer homens.

Ainda não há uma explicação para essa condição. No entanto, alguns fatores parecem estar associados, como por exemplo:

“Sendo assim, é recomendável manter um estilo de vida saudável e adotar alguns cuidados para prevenir o problema. No entanto, é importante salientar que nenhum hábito ou medida é capaz de evitar que as varizes apareçam, ainda que sejam indicados para amenizar os sintomas e, em alguns casos, retardar a evolução da doença”, explica o Dr. Eduardo Toledo de Aguiar.

Como mostramos, saber se os vasinhos podem virar varizes é tão importante quanto entender a relação entre essas duas coisas. Sabendo que ambas são indícios de uma doença vascular, é essencial buscar ajuda médica para obter o tratamento adequado para o seu caso. 


Fonte: Dr. Eduardo Toledo de Aguiar Prof. Livre Docente de Cirurgia Vascular FMUSP. Diretor da Spaço Vascular, realiza tratamento para varizes com espuma desde 2004. Mais de 20.000 consultas, 7000 Eco-dopplers e mais 7.000 pacientes tratados tanto na clínica privada como em ações humanitárias no Brasil e na Nicarágua.