A varíola dos macacos é uma doença infecciosa que passa de animais para humanos. A doença já tem 978 casos confirmados no Brasil.
Redação | 28 de Julho de 2022 às 15:50
A varíola dos macacos é uma doença infecciosa que passa de animais para humanos. Causada pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus, esta doença apresenta sintomas muito semelhante aos observados em pacientes com varíola – doença já erradicada no Brasil.
Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados hoje (28), o Brasil já tem até o momento 978 casos de varíola dos macacos confirmados.
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Sendo São Paulo o local com maior número de casos confirmados (744), seguido por Rio de Janeiro (117) e Minas Gerais (44).
Veja a lista completa de casos confirmados por estado:
Por se tratar de uma doença viral, é necessário estar atento aos sinais de alerta e sintomas da doença. Os casos suspeitos têm como sintomas:
Por ter sintomas muito comuns, como a febre, dores e fadiga, é importante estar atento aos demais sintomas. Após o início da febre, por exemplo, são cerca de 5 dias até aparecem as bolhas pelo corpo.
Sendo assim, ao apresentar algum sintoma da doença, é necessário estar atento e buscar o diagnóstico. Bem como, em caso de contato com pessoas contaminadas.
Segundo Rosamund Lewis, pesquisadora da OMS, a transmissão da Varíola dos Macacos se dá pelo contato direto. A pesquisadora é líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A varíola dos macacos se espalha pela proximidade, cara a cara, pele a pele, contato direto. É assim que sempre foi descrito. Pode haver algumas coisas novas acontecendo neste surto agora. Não sabemos tudo. Ainda há muito o que aprender”, disse a pesquisadora.
A doença não é de fácil transmissão, como a Covid-19, por exemplo. Para a transmissão da varíola dos macacos, é necessário proximidade. Sendo assim, o contágio acontece quando há contato direto com um animal infectado, ou com outras pessoas infectadas; seja por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas.
Também é possível a transmissão através de objetos infectados, como toalhas, lençóis, talheres…
O diagnóstico baseado apenas em sinais e sintomas pode não ser efetivo. Isso se deve ao fato de que os sintomas podem ser confundidos com outras doenças. Por isso, é necessário que sejam feitos testes laboratoriais específicos.
O exame PCR, que é utilizado para diagnóstico de doenças de pele, não está disponível no Brasil.
Apesar de preocupante, a doença tem cura e com sintomas leves pode ter um tratamento muito simples. Dentre as formas de tratamento estão: hidratação, repouso e medicação para diminuição dos pruridos das bolhas.
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“A coisa mais importante sobre a varíola dos macacos é que ela causa uma erupção cutânea que pode ser desconfortável, pode causar coceira e pode ser dolorosa. Portanto, a coisa mais importante sobre cuidar de alguém com essa doença é basicamente cuidar da pele e cuidar de quaisquer sintomas que alguém possa ter, como dor ou coceira”, afirma a cientista Rosamund Lewis.
Para começar a prevenção contra a varíola dos Macacos é importante evitar o contato com a pessoa infectada. Como para a infecção é importante que haja proximidade, manter o distanciamento também pode contribuir para a prevenção.
Outro ponto importante, é que segundo a Agência de Saúde dos Estados Unidos, dados da África mostram que a vacina da varíola de humanos é eficaz em 85% dos casos de varíola dos macacos.
Seguindo com a prevenção, aqui vão algumas dicas:
Caso conviva com alguém infectado, siga as seguintes dicas:
Atenção:
Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.