Nova cepa pode se propagar globalmente e ser fatal a pessoas com baixa imunidade.
Carol Peres | 4 de Outubro de 2024 às 10:30
Um estudo recente desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) detectou a presença de uma superbactéria no Nordeste, que representa grande risco de propagação pelo mundo e pode levar a quadros fatais.
Trata-se de uma bactéria versátil e resistente, cuja nova cepa já havia sido identificada nos Estados Unidos, e estava circulando no Brasil. Você vê mais detalhes sobre o estudo e essa bactéria logo a seguir.
Não deixe de conferir:
A bactéria em questão é Klebsiella pneumoniae, com uma cepa que possui uma grande resistência a todas as opções de antibióticos e que é especialmente perigosa para pessoas com baixa imunidade. Assim, os estudiosos analisaram o genoma da bactéria e compararam com outras 408 sequências similares.
“Ela é tão versátil que se adapta às mudanças de tratamento, já que adquire facilmente outros mecanismos de resistência não contemplados pelas drogas existentes ou pela combinação delas. É possível que se torne endêmica nos centros de saúde em nível mundial” explicou o professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e coordenador do estudo, Nilton Lincopan, à CNN Brasil.
Dessa forma, a Klebsiella pneumoniae foi classificada como prioridade crítica e que demanda um plano de contenção para evitar que ela se espalhe.
“Como patógeno oportunista, em pacientes com imunidade normal a bactéria pode nem causar doença. Mas, em pessoas com imunidade baixa, pode ocasionar infecções graves. Em nível hospitalar, pacientes internados em unidades de terapia intensiva [UTIs] ou em tratamento para outras patologias podem adquirir infecção secundária, como pneumonia. Sem tratamentos disponíveis e com o sistema imune deprimido, muitas vezes podem ir a óbito”, completou o cientista.
Acredita-se também que o alto uso de medicamentos para tratar casos de infecções bacterianas obtidas durante a internação por covid-19 tenha influenciado o surgimento de cepas mais resistentes a antibióticos.
O estudo pode ser lido no site Science Direct.
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