O tumor no fígado pode ser primário, originado no próprio fígado, ou secundário, oriundo de outro local e que se disseminaram. Confira as causas, sintomas
Julia Monsores | 24 de Janeiro de 2020 às 21:00
O tumor no fígado pode ser primário, originado no próprio fígado, ou secundário, oriundo de outro local e que se disseminaram. Confira as causas, sintomas e tratamentos.
O tipo mais comum de tumor benigno é o hemangioma. Este costuma ser pequeno, limitado a uma área, raramente provoca sintomas. Além disso, é detectado durante investigações de outros distúrbios. Não requer tratamento, mas se o tumor é grande ou existe possibilidade de sangramento ou ruptura, o médico pode considerar melhor removê-lo.
No Ocidente, embora não no mundo todo, o tipo mais comum é o tumor secundário maligno. Conhecidos como metástases, esses tumores secundários costumam ser oriundos do pulmão, da mama ou de áreas do trato digestivo. Os tumores primários podem ser únicos ou haver vários deles. Os homens são acometidos com maior frequência do que as mulheres, mas os motivos são desconhecidos.
Uma grande proporção de portadores de carcinoma hepatocelular (câncer hepático primário) tem cirrose. Nos países ocidentais, a cirrose costuma ser consequência do consumo excessivo de álcool durante longo tempo; em outras regiões, a causa mais provável é a hepatite viral B ou C. O câncer primário do fígado também está associado a outros tipos de cirrose, como a causada por excesso de ferro no sangue. Às vezes ocorre sem que haja cirrose.
Os sinais e sintomas consistem em:
Quando o tumor se dissemina para outras partes do corpo, como os pulmões e os ossos, pode haver outros sintomas.
Com o exame de sangue se faz a dosagem de alfafetoproteína, cujos níveis tendem a aumentar na presença de carcinoma hepatocelular. A ultrassonografia mostra o tumor no fígado (ou tumores), na maioria dos casos. Muitas vezes, porém, o diagnóstico definitivo requer biópsia. Pode-se recorrer à ultrassonografia para orientar a agulha com exatidão até o tumor. Além disso, pode ser necessário realizar uma cirurgia também.
Quando o tumor é pequeno e limitado a uma área, é possível retirá-lo com uma pequena margem de tecido ao redor. Às vezes, o transplante hepático é considerado. A embolização – injeção de uma substância nos vasos sanguíneos que irrigam o tumor para destruir o tecido canceroso – é empregada em alguns casos.
A quimioterapia pode retardar o crescimento de um tumor. Injeções de álcool etílico puro no fígado retardam o crescimento de tumores pequenos.
Em muitos casos, o prognóstico é sombrio e a sobrevida tende a ser inferior a um ano. Nessas circunstâncias, o objetivo do tratamento é aliviar os sintomas.