Não se alarme pelos motivos errados e entenda mais sobre quais são os reais sintomas da doença.
A coqueluche está em alta devido ao aumento dos casos da doença em mais de 10 países da União Europeia. Para se ter noção, no ano passado foram registrados mais de 25 mil casos no continente europeu, e só entre janeiro e março deste ano (2024) já foram registrados mais de 30 mil casos, segundo a Agência Brasil. Por isso, é importante falarmos sobre a doença, entender suas causas, sintomas e como se prevenir.
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Coqueluche no Brasil
A última epidêmia de casos de coqueluche no país se deu em 2014, com a confirmação de mais de 8 mil casos. Com a pandemia da Covid-19 e o isolamento social, os números despencaram, só para ressurgirem nos anos seguintes, com 12 casos mortais.
Vacinação
A maior forma para se prevenir da doença é a vacinação das crianças menores de 1 ano, com a aplicação de doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos, além da imunização de gestantes e puérperas e de profissionais da área da saúde.
O esquema vacinal primário é composto por três doses, aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses, da vacina penta, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b, seguida de doses de reforço com a vacina DTP, contra difteria, tétano e coqueluche, conhecida como tríplice bacteriana.
Sintomas da doença
Causada pela bactéria Bordetella Pertussis, a coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma infecção respiratória. A principal característica são crises de tosse seca, mas a doença pode atingir também traqueia e brônquios. Os casos tendem a se alastrar mais em épocas de clima ameno ou frio, como primavera e inverno.
Os sintomas podem se manifestar em três níveis:
- No primeiro, o mais leve, os sintomas são parecidos com os de um resfriado e incluem mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Esses sintomas iniciais podem durar semanas, período em que a pessoa também está mais suscetível a transmitir a doença.
- No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais aparecem e a tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada, podendo comprometer a respiração. As crises de tosse podem provocar ainda vômito ou cansaço extremo. Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis e dez semanas.
O ministério alerta que um adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, pode se tornar suscetível novamente à coqueluche, já que a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo.
Como a doença é transmitida?
A transmissão da coqueluche ocorre pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.
Fontes: Rede D'ór e Agência Brasil.