As crianças são propensas a muitos problemas de aprendizado e comportamento, mas um número relativamente pequeno desenvolve um transtorno psiquiátrico
Douglas Ferreira | 2 de Agosto de 2019 às 17:00
As crianças são propensas a muitos problemas de aprendizado e comportamento, mas um número relativamente pequeno desenvolve um transtorno psiquiátrico qualificado. O TDAH é um deles. Saiba mais sobre esse transtorno e entenda o que é o déficit de atenção!
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que afeta crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo. Caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, o TDAH pode ter um impacto significativo na vida diária das pessoas que vivem com ele.
Pessoas com TDAH muitas vezes têm dificuldade em manter a atenção, controlar impulsos e regular seu comportamento. Essa condição pode se manifestar de maneiras diferentes em cada indivíduo, mas os sintomas principais incluem desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Evidências sugerem uma tendência familiar ao TDAH. Por ser muito comum, no entanto, o distúrbio pode acometer mais de uma pessoa em famílias grandes sem que haja necessariamente um componente genético. Alguns estudos nos EUA, embora controversos, sugerem que até 10% das crianças têm TDAH e que a incidência é três vezes maior em meninos. Esse distúrbio também afeta adultos.
Os sintomas persistentes de falta de atenção podem ser notados, dentre outros, por:
O paciente, criança ou adulto, mostra sinais de hiperatividade e impulsividade, como movimentação constante, fácil distração, incapacidade de se manter sentado, inquietação, energia interminável e loquacidade. O distúrbio surge antes dos 7 anos e os sintomas são observados na escola ou no trabalho e em casa.
O diagnóstico baseia-se totalmente no histórico. Eventuais testes ou avaliações objetivas aplicáveis são poucos. É possível fazer uma avaliação mais formal da desatenção, hiperatividade e impulsividade por meio de testes psicológicos, mas eles não são objetivos.
O tratamento é controverso. A opção medicamentosa, o metilfenidato – substância semelhante à anfetamina –, é utilizada nos EUA e na Europa. Porém, muitas pessoas se preocupam com a administração desses medicamentos fortes a crianças sem que haja estudos controlados acerca do efeito do uso prolongado em jovens.
Aqueles que veem o medicamento com desconfiança preferem o método educativo, com treinamento de correção individual, e reconhecem que algumas crianças não têm bons resultados em sala de aula, mas respondem bem à orientação individual. Embora não se possa desprezar o mérito dessa técnica, são muitos os estudos e relatos pessoais persuasivos doe feito surpreendente da medicação em crianças antes incontroláveis.
Já foram sugeridos vários outros tratamentos para o problema, incluindo tratamento psicológico, dieta, fitoterapia e biofeedback. Embora ainda não haja indicações convincentes da eficácia deles, todos são dignos de consideração em casos individuais.
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O prognóstico é razoável se o distúrbio é diagnosticado corretamente e se o tratamento for instituído a tempo. As crianças com TDAH correm alto risco de entrar em apuros precoces com a lei e ter problemas com álcool e drogas mais tarde. O TDAH é um provável e importante fator contribuinte, mas não inevitável, para o transtorno de personalidade dissocial ou psicótica.
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