A pandemia causada pela Covid-19 vem trazendo uma nova rotina para a vida das pessoas. Com isso, a preocupação diante dessa mudança inesperada sobre o que
Julia Monsores | 18 de Maio de 2021 às 17:00
A pandemia causada pela Covid-19 vem trazendo uma nova rotina para a vida das pessoas. Com isso, a preocupação diante dessa mudança inesperada sobre o que fazer e como agir diante de tudo isso. Mesmo após um ano, são muitas notícias, medos, incertezas e, consequentemente, muitos problemas como ansiedade, burnout e depressão, que já eram presentes na vida dos brasileiros, aumentaram o seu número de casos ou se acentuaram ainda mais em quem já lidava com isso.
Dentro desse cenário, o especialista em felicidade, palestrante e autor do livro “Por que as pessoas não são felizes?”, Mauricio Patrocinio, fala sobre os riscos de adoecer em tempos de pandemia e dá algumas dicas para ajudar as pessoas a lidarem com problemas que venham a aparecer ou se acentuaram durante esse período. Inclusive apontando a necessidade de dar um tempo das notícias ruins. Confira!
A nova rotina na pandemia vem causando uma mudança inesperada na vida das pessoas e, consequentemente, uma preocupação sobre como agir diante de tudo o que está acontecendo. O maior desafio nesses tempos é saber como lidar com tantas informações, incertezas, notícias negativas e medos, que já existiam ou foram desenvolvidos ao longo do período de quarentena.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros já tinham algum transtorno de ansiedade – como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), estresse pós-traumático, fobias e ataques de pânico, entre outros. E com as mudanças causadas pela pandemia, os casos de ansiedade aumentaram em 80% entre os brasileiros, de acordo com um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
“Nossa vida funciona como um pêndulo, entre o negativo e o positivo, e o pior é que somos empurrados, constantemente, para o negativo, seja pelos amigos alarmistas e pessimistas ou pelos grupos de WhatsApp, com tantas fake news e brigas políticas. Vivemos, infelizmente, em uma polarização agressiva dos dois lados, no qual o ódio é constante”, explica Mauricio Patrocinio. “O resultado desse negativismo é um risco enorme de desenvolvermos várias doenças, principalmente as emocionais, como depressão, ansiedade e pânico”, completa.
Para neutralizar o lado negativo, é importante alimentar o outro lado, no caso, o positivo. Para isso, Mauricio aconselha que as pessoas se desconectem um pouco do exagero da negatividade e não fiquem o dia todo em frente à TV ou no celular vendo notícias sobre a Covid-19, apenas meia hora por dia, para ficar ciente do que está acontecendo, já é o suficiente.
Preservar suas vontades e procurar hobbies que as ajudem a passar o tempo, de uma forma leve e descontraída, também é muito importante.
“Crie regras ou saia de grupos tóxicos, se afaste de pessoas negativas, pessimistas, alarmistas; trate a vida com responsabilidade, mas não se entregue à negatividade. Alimente-se de coisas positivas e edificantes, como bons livros, músicas, filmes de quase todos os gêneros, exceto os de terror ou catástrofes. A sua energia será consequência dessa alimentação”, ressalta o especialista.
De acordo com Patrocinio, o ser humano é movido pelo prazer. E, em alguns momentos, pela fuga da dor.
“Ninguém imaginava, após nossa sociedade ter sido colocada em uma era do imediatismo por tantas décadas, chegando ao ápice mais recentemente, com a presença da tecnologia em nossas vidas, que teríamos que reaprender tudo. Os mais jovens, talvez, aprender pela primeira vez”, comenta.
A vida mudou e é preciso se adaptar. E assim, é necessário também reaprender hábitos que te fazem bem.
“Então, tente fazer isso da forma mais assertiva possível e use sempre o pensamento positivo à seu favor. Assuma o controle de sua vida e seu mindset. Caso contrário, a negatividade tomará conta de você e, se alimentando com ela, certamente consequências ruins você terá. Assim, lute por bons hábitos, mesmo que seja desafiador, até que você consiga fazer isso de forma espontânea e seu corpo e sua mente percebam que isso faz bem para você”, finaliza.