China está usando um método de diagnóstico diferente do Covid-19. Saiba mais sobre o swab anal, como é feito e quando é realizado.
Recentemente, uma notícia vindo da China chamou atenção: as autoridades de saúde anunciaram que iriam começar a usar o swab anal para diagnosticar casos de Covid-19, vírus responsável pela morte de mais de dois milhões de pessoas por todo o mundo.
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Segundo especialistas chineses, esse método teria maior precisão quando comparado a outros testes, como o swab nasal. No entanto, o teste tem esbarrado em alguns entraves, como o suposto desconforto e a vergonha por parte dos pacientes em realizá-lo.
Como é feito o teste anal de covid-19?
Assim como o swab nasal, em que é necessário inserir uma haste no nariz e na boca para coletar amostras para o RT-CPR, o exame anal também é feito por meio da coleta de material orgânico.
Um cotonete embebido em solução salina é inserido no ânus (cerca de 3 a 5 centímetros) e, em seguida, o material orgânico é recolhido e enviado ao laboratório para análise de detecção da presença do vírus.
Em quais casos o swab anal está sendo aplicado?
Na Internet, muitas pessoas mostraram-se receosas com o exame. “Será que dói?”, “é vergonhoso!”, “parece ser desconfortável” foram algumas das reações encontradas.
No entanto, autoridades chinesas revelaram que o teste não é incômodo. Na verdade, é rápido e indolor.
Porém, vale destacar que mesmo na China o swab anal está sendo usado por enquanto apenas em situações específicas.
De acordo com informações do país, esses testes estão sendo aplicados em passageiros que desembarcam no aeroporto de Pequim e em alguns centros de quarentena. Além disso, também estão sendo aplicados em pacientes que possuem alguma dificuldade para realizar o swab nasal ou que estejam apresentando quadros de diarreia.
Swab anal realmente é mais preciso?
De acordo com as autoridades locais da China, o método de diagnóstico por swab anal tem evitado a subnotificação de casos, já que vestígios de vírus em amostras fecais ou anais podem permanecer detectáveis por mais tempo quando comparadas às amostras retiradas do trato respiratório superior.
No entanto, o fato do exame não estar se mostrando muito aceito pelos pacientes pode ser um impeditivo para sua utilização em larga escala.
Na rede social Weibo, uma pesquisa indicou que 80% dos entrevistados disseram que “não podiam aceitar” o método invasivo.