Entenda detalhes sobre o surto de meningite no RS, conheça sintomas da doença e saiba formas eficazes de se precaver.
O estado do Rio Grande do Sul enfrenta um momento delicado de saúde pública e municípios da Serra gaúcha, como Bento Gonçalves, já registraram casos considerados alarmantes de doença meningocócica, o tipo grave de meningite causada pela bactéria Neisseria meningitidis. Fique conosco para entender quais são os sintomas dessa condição e como se proteger.
Saiba detalhes sobre o surto de meningite no RS
A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul confirmou que até meados de setembro foram notificados 52 casos confirmados, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. A incidência vem se concentrando especialmente em crianças menores de 5 anos, com destaque para os menores de 1 ano, embora a doença possa afetar qualquer faixa etária.
Em uma creche e em uma escola de Santa Maria, dois casos recentes, envolvendo crianças entre 4 e 7 anos, evoluíram para óbito sob suspeita de meningite, intensificando o clima de preocupação local. Também foi confirmada a morte de uma criança de 7 anos por meningite bacteriana naquele município.
Frente ao cenário, a Sociedade de Pediatria do RS tem reforçado que não há motivo para pânico, mas que os pais mantenham a vacinação dos filhos em dia e fiquem atentos a sinais de alerta.
Quais são os sintomas de meningite
A meningite se trata de uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, chamadas de meninges. Essa doença pode ter origem viral, bacteriana ou mesmo por fungos, mas é a forma bacteriana que costuma ser mais grave e fatal se não tratada rapidamente.
Sintomas mais frequentes
- Febre alta súbita
- Dor de cabeça intensa
- Rigidez na nuca (impossibilidade de encostar o queixo no peito)
- Vômitos
- Sensibilidade à luz (fotofobia) e ao som
- Confusão mental ou alteração de consciência
- Manchas vermelhas ou púrpuras na pele (pode indicar meningococcemia)
- Convulsões
Em crianças menores de 1 ano, sintomas menos específicos podem se apresentar e é possível que os pequenos apresentem sinais como irritabilidade, choro persistente, recusa alimentar ou sonolência intensa. Se o quadro evoluir para meningococcemia, uma infecção grave da corrente sanguínea pela bactéria, surgem também queda de pressão, manchas hemorrágicas, choque séptico e risco de morte rápida.
Vale ressaltar que especialmente em crianças mais novas, a presença de febre, dor de cabeça e rigidez de nuca deve ser considerada um sinal de alerta imediato e o ideal é buscar atendimento médico o quanto antes.
Como se proteger
A vacinação é a forma mais eficaz para garantir a proteção contra a meningite. O SUS oferece vacinas importantes para prevenir formas de meningite bacteriana, como a vacina meningocócica C conjugada (MenC), aplicada nos bebês aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses, a Vacina meningocócica ACWY, disponível desde 1º de julho de 2025, o reforço aos 12 meses passará a ser feito com a versão ACWY, que protege contra os sorogrupos A, C, W e Y. Além disso, adolescentes de 11 a 14 anos têm direito a essa imunização pelo SUS.
A higiene também pode ser uma forma eficaz de evitar a meningite, logo, evite contato direto com secreções respiratórias de pessoas doentes, não compartilhe copos, talheres ou garrafas em ambientes com risco. Ambientes fechados e com aglomeração, especialmente em períodos de surto, exigem ventilação adequada.
O surto de meningite no Rio Grande do Sul evidencia a necessidade constante de vigilância epidemiológica, campanhas de vacinação e educação da população. Apesar da gravidade, é possível agir em tempo, conhecendo os sintomas e adotando medidas de prevenção.
Se você ou alguém próximo apresentar febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca ou manchas na pele, não espere! Procure atendimento médico imediatamente e se certifique de verificar se a sua vacinação está em dia.