Anvisa autorizou testes clínicos de soro anti-covid desenvolvido pelo Instituto Butantan nesta terça-feira, 25 de maio. Saiba mais!
Arman Neto | 25 de Maio de 2021 às 15:59
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta terça-feira, 25 de maio, o início dos testes do soro anti-Sars-CoV-2 (conhecido popularmente como “soro anti-Covid”) desenvolvido pelo Instituto Butantan.
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Divulgado na manhã desta terça, o produto aguardava liberação desde março. E segundo informado, o Instituto já possui 3 mil frascos preparados para iniciar os testes, que devem começar em pacientes com comorbidades e transplantados já na semana que vem.
Com objetivo de amenizar os sintomas nas pessoas já infectadas, o soro não é capaz de curar nem de prevenir a doença. Entretanto, a autorização permitirá que o soro seja aplicado em pessoas contaminadas pela doença.
Em 24 de março, a Anvisa aprovou a realização da pesquisa, mas para isso, solicitava a assinatura de um termo de compromisso que previa a entrega de informações adicionais, que até aquele momento não estavam disponíveis.
A autorização de hoje foi concedida após o Butantan submeter à agência o novo protocolo clínico com as adequações necessárias para que o estudo pudesse ser iniciado em humanos.
Segundo a Anvisa, a avaliação da proposta de pesquisa foi feita integralmente pela agência, sem a participação de agências estrangeiras, já que as fases iniciais de testes clínicos do soro serão feitas apenas em território brasileiro.
Essa é a primeira vez que a Anvisa precisa autorizar o uso de um soro, pois quando a agência foi criada os outros soros utilizados já existiam no mundo e tinham sido aprovados por órgãos internacionais.
O material do soro aprovado para os testes clínicos é feito a partir do plasma de cavalos. Para a sua produção, os técnicos retiram o plasma – que faz parte do sangue – do cavalo e levam para a sede do Butantan. A partir de então, os anticorpos são separados do plasma e se transformam em um soro anti-Covid.
Os animais também fazem parte dos testes, pois o vírus inativo não provoca danos a eles e nem se multiplica no organismo. Todavia, estimula a produção de anticorpos nos animais.