Síndrome HELLP: saiba o que é a condição rara que levou à morte bebê de Lexa

Sofia, a filha da cantora lexa faleceu 3 dias após o seu nascimento prematuro

Luana Viard | 11 de Fevereiro de 2025 às 11:15

A cantora ficou internada por algumas semanas, por conta de pré-eclâmpsia e síndrome Hellp e precisou realizar o parto de forma prematura para sua segurança. - Reprodução / Instagram

A cantora Lexa, de 29 anos, anunciou nesta segunda-feira (10) o falecimento de sua filha, Sophia, três dias após o nascimento. Em uma publicação nas redes sociais, a artista revelou que o parto ocorreu de forma prematura devido ao diagnóstico da Síndrome de Hellp, uma complicação resultante da pré-eclâmpsia durante a gestação. "Uma pré eclâmpsia com síndrome de Hellp.... lutanto pelas nossas vidas minha filha.", escreveu a cantora.

Lexa revelou que fez todos os cuidados de forma intensa e correta. "Eu tomei AAS e cálcio na gestação toda, fiz um pré natal perfeito, fiz TUDO, mas minha pré eclâmpsia foi muito precoce, extremamente rara e grave... o meu fígado começou a comprometer, os meus rins e o doppler da minha bebezinha também... mais um dia e eu não estaria aqui pra contar nem minha história e nem a dela."

O que é Síndrome Hellp?

O ginecologista obstetra Fernando Prado explica ao site A Gazeta que, nos casos graves de pré-eclâmpsia, além da elevação da pressão arterial, há comprometimento de órgãos como rins, fígado, placenta e cérebro.

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"Quando acontece precocemente, pode levar a consequências tanto para a mãe quanto para o feto. Uma dessas complicações é a síndrome HELLP (hemólise, elevação de enzimas hepáticas e queda de plaquetas), que, por sua vez, pode levar a insuficiência hepática e coagulação do organismo inteiro, o que é chamado de CIVD. E isso também pode afetar tanto a mãe quanto o bebê”., explica o profissional.

Para o neném, o maior risco é o parto prematuro, que pode desencadear muitas complicações. "Além disso, se ocorreu algum problema de falta de oxigenação e desenvolvimento da placenta, essa criança tem restrição de crescimento, o peso fica baixo e os órgãos principais acabam não se formando. Então essa criança pode não resistir fora do útero por uma falta de maturidade de alguns órgãos, principalmente o pulmão”, reforça o especialista.

O ginecologista obstetra Paulo Batistuta, da Rede Meridional, explica ao site A Gazeta que a Síndrome de Hellp é uma complicação resultante do agravamento da hipertensão arterial durante a gestação. "Trata-se de caso grave. É diagnosticada a partir da medida elevada da pressão arterial e de alterações nos exames de sangue. Podem ocorrer também edema, cefaleia, dor epigástrica (na boca do estômago), dentre outros sintomas".

A Síndrome de Hellp pode ocorrer novamente em uma gravidez futura. Como forma de prevenção, é feito o controle do peso materno e a avaliação do estado nutricional antes da gestação. Durante o pré-natal, a pressão arterial é monitorada de forma rigorosa.

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