A Síndrome de Tourette é um distúrbio caracterizado pela presença de transtornos de tiques motores ou em emissão compulsivade sons.
A Síndrome de Tourette é um distúrbio caracterizado pela presença de transtornos de tiques motores ou em emissão compulsiva
de sons.
Quais são os sintomas?
A coprolalia (gritos de palavras obscenas) é o sintoma mais
frequente da síndrome de Tourette. Mas uma criança afetada pode repetir palavras que ouve (ecolalia) ou imitar os movimentos de outra pessoa (ecopraxia). A doença tem início com movimentos involuntários anormais, em geral no rosto, com extensão subsequente para o pescoço, os braços, as pernas e o corpo. A intensidade varia. Os tiques podem se agravar em períodos de estresse, ocorrer várias vezes ao dia, em acessos, ou desaparecer por semanas ou meses. Para o diagnóstico, eles devem existir há um ano, com um período máximo de remissão de três meses.
A coprolalia é um tique vocal, mais aparente na forma de gritos ou grunhidos. Nos casos graves, os tiques são ininterruptos durante as horas de vigília, embora cessem durante o sono. Podem ser simples ou complexos, como cuspir e dar cambalhotas.
Os xingamentos isolados podem indicar dificuldade de vocabulário (porque a criança nunca aprendeu), decorrer de hábitos sociais ou suceder um traumatismo craniano ou derrame. O ponto essencial é que os xingamentos na síndrome de Tourette são explosivos, compulsivos e fora de contexto.
Quais são as causas?
É provável que a síndrome de Tourette seja um distúrbio dos núcleos da base, estruturas situadas profundamente no encéfalo, que, entre outras coisas, modulam os movimentos. O distúrbio acomete várias pessoas da mesma família, mas menos da metade dos filhos de uma pessoa com síndrome de Tourette tem a mesma síndrome ou outro tique.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico baseia-se no histórico e na observação dos movimentos anormais. Não há exames objetivos para detectar a síndrome, que em geral ocorre com o TDAH.
Quais são as opções de tratamento?
O tratamento consiste em uma baixa dose de antipsicóticos ou clonidina. Em raras ocasiões, foi tentada a psicocirurgia, mas os resultados são incertos e o tratamento não está em voga.
Qual é o prognóstico?
O prognóstico é variável. Alguns pacientes respondem bem aos medicamentos e têm vidas normais. Outros são bem mais resistentes e necessitam de tratamento ou controle intensivo. Períodos de assistência temporária em serviços residenciais são essenciais para que os pais e outros parentes tenham uma folga das demandas inerentes à vida com uma criança doente.