Por volta dos 20 meses, as crianças conseguem articular duas palavras por vez e os especialistas garantem que elas são capazes de compreender bem o que
Julia Monsores | 30 de Outubro de 2019 às 21:00
Por volta dos 20 meses, as crianças conseguem articular duas palavras por vez e os especialistas garantem que elas são capazes de compreender bem o que dizemos quando conversamos com elas. Mas se os pais percebem alguma dificuldade de comunicação, como quando a criança não fala ou seu vocabulário não evolui, é hora de procurar um especialista.
No entanto, muitas vezes o possível atraso no desenvolvimento não demanda nada além do estímulo dos pais. Às vezes, esperar que a criança peça verbalmente em vez de apenas entregar em suas mãos o que ela aponta é o suficiente para despertar nela a necessidade de se expressar verbalmente.
Não é aconselhável que os pais ou os responsáveis repitam as palavras erradas que a criança usa nas primeiras tentativas de comunicação. Deve-se mostrar compreensão do que foi dito e pronunciar a palavra corretamente, mas não com o intuito de corrigi-la. Dessa forma, a criança irá se habituar a ouvir o certo e tentará repetir o que é dito pelo adulto.
Quando o pequeno entra para a creche costuma enriquecer seu vocabulário e destravar a língua. Pois precisa se virar e interagir com outras crianças e outros adultos, longe dos pais, e parece que dão um salto em seu desenvolvimento geral.
Para o caso de língua presa – quando uma pequena porção de tecido, que deveria ter desaparecido durante o desenvolvimento do bebê na gestação, permanece na parte inferior da língua, limitando seus movimentos –, existe o Teste da Linguinha (a avaliação do frênulo da língua) realizado ainda na maternidade e que no ano passado tornou-se obrigatório por lei. Com um rápido exame de observação, constatado o problema, ele é resolvido imediatamente, eliminando problemas na amamentação e atuando preventivamente na mastigação e na fala.
Mas existem outros elementos que comprometem o desenvolvimento no modo de o bebê se expressar. As deficiências no aparelho auditivo são as primeiras a serem pesquisadas com a audiometria. Pois otites de repetição e outras doenças podem causar problemas de audição e, consequentemente, de fala. Problemas neurológicos, como autismo e síndrome de Down, e problemas respiratórios também comprometem o desenvolvimento geral da criança. É sempre importante consultar o pediatra que, mediante exames, fará o encaminhamento para o profissional da área.
Mas, se mesmo assim os pais ou os professores perceberem que há algum fato perturbando e atrasando o amadurecimento natural da criança, a ajuda de um profissional de fonoaudiologia é o mais indicado.