Você sabe o que há de novo no mundo da medicina? Confira 7 notícias a respeito de estudos e descobertas recentes sobre saúde e bem-estar.
Rayane Santos | 3 de Setembro de 2021 às 16:00
Manter-se antenado e saber o que está acontecendo no mundo é algo importante para todos. Isso inclui saber o que há de novo no mundo da medicina. Pensando nisso, selecionamos 7 notícias que falam sobre esse tema para que você se manter informado. Confira, a seguir, o que novos estudos e descobertas dizem sobre saúde e bem-estar.
Como os outros animais, os homens são programados pela evolução a reagir a determinados sons. Por exemplo, uma fonte borbulhante tende a nos deixar de bom humor, talvez porque a água nos ajude a sobreviver. De acordo com uma revisão publicada em Proceedings of the National Academy of Sciences, os ruídos naturais promovem vários benefícios à saúde, como reduzir a dor, restaurar a atenção, melhorar o desempenho cognitivo e desacelerar a frequência cardíaca.
O canto dos pássaros, por exemplo, parece muito eficaz para reduzir as sensações de estresse e irritação. Assim, da próxima vez em que estiver ao ar livre, em ambiente selvagem ou num parque próximo, lembre-se de fechar os olhos e escutar.
Cerca de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia, marcada por descargas elétricas excessivas no cérebro, as chamadas convulsões. As convulsões generalizadas são mais fáceis de reconhecer porque envolvem movimentos involuntários, desmaios ou lapsos de consciência. Mas cerca de 60% das crises epilépticas só afetam uma parte do cérebro e provocam sintomas sutis, como breves alucinações ou uma forte sensação de déjà-vu.
Um estudo constatou que, em média, esses casos só são diagnosticados dois anos depois do início dos sintomas. Nesse período, quase 8% dos participantes que começaram sem nenhum sintoma relacionado com os movimentos sofreram pelo menos um acidente de carro. Portanto, mencione qualquer sensação estranha ao médico, mesmo que não saiba direito o que ela significa.
Há uma associação significativa entre a depressão e o hábito de fumar, embora não saibamos direito as razões. Com dados de pesquisas, cientistas finlandeses e americanos verificaram que os fumantes muito dependentes do tabaco ou que usam o cigarro para controlar o humor têm maior probabilidade de estarem deprimidos.
Leia também: Tipos de depressão: conheça as variações da doença e suas causas
Em contrapartida, fumar para apreciar o sabor não foi associado à depressão. Portanto, a estratégia para largar o cigarro deve ser personalizada de acordo com o motivo pelo qual a pessoa fuma. Por exemplo, quem usa o fumo para lidar com o sentimento depressivo pode ter mais facilidade de largar se explorar maneiras mais saudáveis de controlar o humor, como exercícios, antidepressivos ou conversar com os outros.
Todos os pais e mães têm dias em que se sentem sobrecarregados pela responsabilidade, mas estima-se que 5% dos pais e mães europeus, por exemplo, sofrem de esgotamento parental, com intensa exaustão, perda de confiança e de prazer em cuidar dos filhos, distanciamento emocional das crianças e, às vezes, ideias suicidas.
A surpresa é que em muitos países onde as pessoas geralmente têm menos riqueza e mais filhos (como Camarões e Vietnã) há menos esgotamento parental. Um estudo global atribui essa variação a valores culturais, principalmente o individualismo. Os pais ocidentais tendem a se sentir os únicos responsáveis pela criação dos filhos, e a experiência de outros pais indica que mais compartilhamento e ajuda mútua lhes faria bem.
Se o exercício lhe provoca frequentes contrações musculares dolorosas, talvez só seja preciso mudar o que você bebe nas pausas. Num estudo liderado por australianos, foi mais fácil para os cientistas induzir uma cãibra na panturrilha de homens que corriam na esteira numa sala quente e se hidratavam com água pura do que nos participantes que se exercitavam bebendo água com eletrólitos.
Vendida em farmácias e supermercados, a água com eletrólitos contém uma proporção específica de determinados sais minerais, como sódio, potássio e magnésio. O corpo perde esses minerais com o suor, e a reposição mantém o funcionamento normal dos músculos. A água com eletrólitos também é útil no calor ou quando você perde muito líquido e sais minerais por diarreia ou vômitos.
Depois de se recuperar da Covid-19, algumas pessoas ficam com parosmia, uma distorção do olfato a longo prazo. Nesses pacientes, o olfato não desaparece por completo, mas o cheiro de algumas ou de todas as coisas muda. Aromas antes agradáveis, como café ou vinho, passam a lembrar gasolina ou esgoto.
Embora ainda não saibamos exatamente por que tantos sobreviventes da Covid-19 têm o problema, os casos são generalizados. Às vezes, o transtorno é provocado por outros vírus, como o do resfriado. Os cientistas acreditam que resulte da recuperação parcial dos nervos receptores do olfato no nariz.
Leia também: 8 novidades do mundo da medicina que você precisa conhecer
Se você for uma dessas pessoas cujo olfato se distorceu, é possível promover a recuperação com o “treinamento do olfato”. Esse é um tratamento baseado na capacidade do cérebro de se reorganizar depois de lesões, mudanças ou experiências novas. Nele, a pessoa cheira conscientemente pelo menos quatro odores diferentes duas vezes por dia durante vários meses.
Num estudo, pesquisadores europeus acompanharam pacientes que receberam kits de treinamento olfativo depois de se queixarem de vários transtornos pós-virais (perda de olfato, cheiros fantasmas, distorção etc.). Nos meses seguintes, boa parte do subconjunto de pacientes com parosmia notou melhora significativa.
Se não conseguir pôr as mãos num kit formal, faça o seu em casa. Pegue quatro vidros pequenos e corte um disco de papel de aquarela para pôr em cada um. Sature cada disco com um óleo essencial diferente e rotule o vidro. Quando fizer seu exercício duas vezes por dia, concentre-se na experiência de cheirar seja o que for. Provavelmente, você notará que seu olfato muda com o tempo.
Há muito se sabe que beber muito aumenta o risco cardiovascular. Mas, de acordo com um novo estudo europeu, basta um drinque por dia para elevar em 16% o risco de fibrilação atrial (uma anormalidade potencialmente grave da frequência cardíaca) em comparação com a abstinência.