Com o passar do tempo, vamos perdendo um pouco da nossa memória e esquecendo muitas coisas. Veja como o alecrim pode te ajudar a ter uma memória incrível.
Se você se lembra do alecrim apenas quando vai preparar uma carne assada, saiba que está perdendo um excelente tratamento para acalmar os nervos, ganhar energia e até melhorar a memória. O alecrim (Rosmarinus officinalis) contém flavonoides com poderosa ação antioxidante. Esses compostos também fortalecem os vasos sanguíneos e diminuem inflamações. Além disso, reduzem o risco de câncer, arteriosclerose e outras doenças crônicas.
Raízes históricas
A reputação do alecrim como fortalecedor da memória vem da época da Grécia antiga. Naquela época, estudantes, durante o período de provas, já usavam raminhos da erva no cabelo. Também na Grécia, parentes em luto jogavam alecrim nas sepulturas como símbolo de recordação. Milhares de anos depois, na era dos Tudors, Sir Thomas More contaria em seus escritos que plantava alecrim no jardim por ser a “erva consagrada à memória”. Até Shakespeare conhecia os poderes do alecrim sobre a memória, ao escrever esta fala para a Ofélia de Hamlet: “Há alecrim ali, é para lembrança.”
Em termos cosméticos, o alecrim é usado para recuperação de fios de cabelo finos e quebradiços. Além disso, era um ingrediente crucial numa beberagem chamada “água da rainha da Hungria”. As informações sobre sua criação são obscuras, mas durante séculos as mulheres usaram essa poção como perfume e loção embelezadora. Num livro sobre ervas escrito em 1525, recomenda-se vinho fervido com alecrim para limpeza facial.
O que ele tem?
O alecrim contém vários flavonoides, incluindo diosmina, diosmetina, genkwanina e apigenina. Estudos realizados em laboratório, comprovaram que esses pigmentos vegetais brancos e amarelos foram associados a propriedades benéficas. O que não se sabe ainda é a quantidade de alecrim necessária para se aproveitar o que ele tem de bom. Mesmo assim, seus benefícios são impressionantes. Por exemplo: a apigenina consegue inibir o crescimento de células de câncer pancreático. A diosmina fortalece as paredes dos vasos sanguíneos. Já a genkwanina ajuda a evitar rugas graças à sua capacidade de ativar a produção de colágeno.
O alecrim contém outros compostos, entre eles o ácido rosmarínico; que tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. O extrato de alecrim também é conhecido por suas propriedades antivirais.
O que dizem os cientistas
Recentemente, foi realizada uma pesquisa na Faculdade de Enfermagem da Universidade Florida Atlantic. Pesquisadores criaram um método para testar os efeitos da inalação de óleos essenciais de alecrim e de lavanda em casos de ansiedade ou estresse. Convocaram 40 alunos de graduação e aplicaram-lhes uma prova, para em seguida medir seus níveis de estresse; sua pulsação e pressão arterial. Depois, os voluntários fizeram outra prova, dessa vez usando um inalador com essência de lavanda. Eles foram instruídos a aspirar o aroma antes e durante a prova. Fizeram então uma terceira prova, mas dessa vez usando um inalador com essência de alecrim.
Os estudantes alegaram que o alecrim foi mais útil que a lavanda. Segundo os pesquisadores, ele teria melhorado a capacidade dos estudantes de lembrar a matéria, além de ajudá-los a se manter atentos. A lavanda os deixou tão relaxados que acabou reduzindo sua capacidade de realizar o teste. Sendo assim, a conclusão foi que o alecrim aumenta o estado de atenção, melhora a concentração e deixa a pessoa mais alerta.
Outro resultado
Num estudo realizado em 2007, cientistas de Taiwan, ao examinarem um extrato de folhas de alecrim, conseguiram identificar seus cinco principais compostos; que em seguida foram testados. Os resultados levaram os cientistas a concluir que o alecrim pode ser considerado um “fitoterápico anti-inflamatório e antitumoral”.
Mas, atenção! O uso medicinal do alecrim é contraindicado em caso de gravidez ou lactação.