A jornalista revelou o diagnóstico da doença de Parkinson, a segunda condição neurodegenerativa mais comum do mundo.
A jornalista e apresentadora Renata Capucci recebeu o diagnóstico de Parkinson há sete anos. Aproveitando o mês de conscientização da doença, ela participou de uma live no Instagram junto da neurologista Mariana Moscovich, onde abordaram os desafios e a rotina de quem convive com a condição.
Embora não exista uma cura para o Parkinson, os sintomas podem ser controlados com o tratamento adequado, de forma a melhorar a qualidade de vida do paciente.
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Entenda o desabafo de Renata Capucci
Renata Capucci explicou durante a live que recebeu a notícia enquanto participava do programa Popstar, e levou um tempo até contar sobre o diagnóstico para as pessoas.
"Não podia simplesmente falar: 'estou indo embora'. Eu não estava pronta para contar para as pessoas. Eu tinha acabado de receber o diagnóstico, eu estava em choque, processando. Levou um bom tempo para eu digerir. Continuei na competição, eu não tinha alternativa."
Uma dificuldade apontada em seu desabafo diz respeito à forma com que as pessoas enxergam o Parkinson.
"Eu vejo pessoas comentando. Elas têm todo o direito de comentar, mas o apontar é muito difícil porque eu não sou coitadinha. Não quero que ninguém me vejo como 'coitada, ela tem parkinson'. Eu não fiz nada para ter essa doença, essa doença existe, mas eu não me vitimizo por ter parkinson, então não quero que ninguém tenha pena de mim porque eu luto contra a doença", desabafou.
Renata explicou também que não poderia fazer uma reportagem sobre Parkinson sem revelar que ela tem o diagnóstico.
O Parkinson é uma doença progressiva
Vale lembrar que a Doença de Parkinson é uma condição degenerativa caracterizada pela redução progressiva da produção de dopamina. Como consequência, o sistema motor é comprometido, dificultando o controle dos movimentos do corpo.
Assim, os principais sintomas do Parkinson são os tremores, nas mãos ou nos dedos e durante o repouso, rigidez muscular, lentificação dos movimentos e dificuldade em manter o equilíbrio. Essas manifestações físicas acabam atrapalhando, ou impossibilitando, a realização de tarefas simples do cotidiano.
O neurologista Saulo Nader falou ao site Caras que a condição evolui de forma descontrolada em pacientes que não recebem o tratamento adequado.
"A gravidade dos sintomas pode impedir a a pessoa de manter diversas atividades cotidianas, comprometendo muito a qualidade de vida."
Portanto, o acompanhamento médico é indispensável para quem tem o diagnóstico de Parkinson, pois o profissional poderá recomendar as medidas que vão atrasar a evolução da doença. O tratamento usual é feito através de medicamentos, terapia ocupacional, fisioterapia e, às vezes, cirurgia.