Entenda todos os detalhes sobre os testes em remédio que pode fazer o dente nascer novamente.
Luana Viard | 25 de Junho de 2024 às 12:30
Pesquisadores da Universidade de Quioto, no Japão, criaram o primeiro medicamento capaz de fazer crescer dentes novamente. Recentemente, a equipe informou que os testes em humanos estão previstos para começar em setembro deste ano.
Além disso, os cientistas anunciaram a expectativa de iniciar a comercialização do remédio em 2030. O foco principal é avaliar a segurança do medicamento, e a primeira fase, que tem esse objetivo, está programada para durar até agosto de 2025. Até o momento, nenhum efeito colateral foi observado durante os testes realizados em animais.
Além de impactar a autoestima, a perda de dentes pode prejudicar a mastigação e a fala, além de provocar distúrbios digestivos, pois os alimentos não são devidamente triturados.
Segundo estimativas do CDC (Centers for Disease Control and Prevention, órgão de saúde dos EUA), cerca de 26% dos adultos com 65 anos ou mais possuem oito ou menos dentes, enquanto 17% dos adultos dessa faixa etária já perderam todos os dentes.
O medicamento para regeneração dentária atua desativando um gene chamado USAG-1, que impede o crescimento dos dentes. As pesquisas mostraram que a inibição desse gene aumentou a atividade da proteína morfogênica óssea (BMP), uma molécula que determina a quantidade de dentes a serem formados.
Embora o foco atual seja tratar doenças congênitas, a equipe espera que, no futuro, o remédio também beneficie pessoas que perderam dentes devido a cáries ou lesões.
Em entrevista ao jornal japonês The Mainichi, os cientistas afirmaram que o objetivo é ajudar aqueles que sofrem com a perda ou ausência de dentes. Eles destacaram que, apesar de não haver um tratamento definitivo até agora, as expectativas das pessoas quanto ao crescimento de novos dentes são altas.
A Fase 1 do estudo, prevista para começar em setembro, tem como objetivo avaliar a segurança do tratamento e incluirá 30 homens adultos saudáveis que tenham pelo menos um dente posterior ausente. A Fase 2 está programada para o próximo ano e envolverá crianças de dois a sete anos com anodontia congênita, que tenham perdido pelo menos quatro dentes desde o nascimento.
A equipe já obteve sucesso ao testar o tratamento em animais, sem observar efeitos colaterais. Em 2018, eles testaram a droga em furões, que possuem dentes semelhantes aos humanos, e verificaram o crescimento bem-sucedido de novos dentes.
Fontes: Terra, Época Negócios e Extra.
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