Apesar de incômodo para o bebê e para os pais, o refluxo gastroesofágico, que costuma vir acompanhado da tão conhecida "golfada" nos primeiros meses de
Apesar de incômodo para o bebê e para os pais, o refluxo gastroesofágico, que costuma vir acompanhado da tão conhecida “golfada” nos primeiros meses de vida, não costuma ser um problema sério. Sua ocorrência está associada à regurgitação, quando há um retorno do conteúdo do estômago para o esôfago.
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Pode ser um sinal assustador para mães e pais de primeira viagem. No entanto, a pediatra Lilian Cristina Moreira explica que o refluxo em bebê recém-nascido não deve ser considerado uma situação preocupante quando ocorre em pequena quantidade e apenas após a mamada.
“É um fenômeno transitório que geralmente começa entre a 4ª e a 6ª semana de vida, intensificando-se em torno do 3º e do 4º mês, e vai melhorando gradativamente, geralmente desaparecendo em torno de 1 ano de vida da criança”, explica.
Continue acompanhando esse texto para saber o que é o refluxo em bebê, quais são os sintomas e opções de tratamento.
O que é o refluxo?
Na maior parte das vezes, o refluxo em bebê é algo que ocorre de forma natural. E por isso, não deve ser sinal de alerta para os pais. Vale ressaltar que a regurgitação, isto é, quando o bebê expele o conteúdo do estômago, é uma consequência do refluxo.
“O refluxo gastroesofágico (RGE) é uma expressão da imaturidade do trato gastrointestinal de bebês. Por isso é chamado de refluxo “fisiológico”’, explica a pediatra.
Quais são os sintomas do refluxo em bebês?
Os sintomas de refluxo no bebê costumam se manifestar por meio de pequenas regurgitações ou “golfadas” que ocorrem algumas ou várias vezes ao dia.
“Normalmente esses sintomas não interferem no ganho de peso do bebê e não causam outros sintomas”, explica a pediatra Lilian Cristina.
No entanto, se houver um agravo da situação do refluxo nos bebês, pode-se observar outros sintomas, como por exemplo:
- Engasgos;
- Vômitos constantes;
- Tosse;
- Dificuldade para mamar;
- Dificuldade para ganhar peso;
Mamães e papais devem se preocupar?
Segundo a pediatra Lilian Cristina Moreira, o refluxo gastroesofágico é muito comum, e atinge cerca de 60% a 70% dos lactentes.
“Por outro lado, é preciso diferenciá-lo da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Essa doença ocasiona nos lactentes outras manifestações além das regurgitações, como vômitos intensos, dificuldades durante as mamadas, deficiência no ganho de peso, choro, irritabilidade, distúrbios do sono etc”, explica.
Percebidos alguns desses sintomas, é necessário que seja feita uma avaliação com um pediatra, que analisará o estado geral de saúde do bebê.
O que é bom para o refluxo em bebês?
Por mais frustrante que possa ser para mamães e papais, não é possível evitar o refluxo em bebês. No entanto, algumas estratégias podem ser adotas para minimizar o desconforto.
“O refluxo gastroesofágico pode ser minimizado colocando o bebê para arrotar após as mamadas e posicionando-o na posição inclinada, com a cabeça sempre acima do quadril, a mais ou menos 30º. Nessa posição a gravidade dificulta o retorno do conteúdo do estômago e minimiza as chances de refluxo. Na DRGE a posição inclinada deve ser mais acentuada, e o bebê deve permanecer nesta posição o maior tempo possível”, explica a doutora.
Além disso, a médica também salienta que o uso de remédios para combater o refluxo só deve ser feito com acompanhamento médico. E aponta a importância da amamentação exclusiva no seio.
“Amamentar também é fundamental, pois a ingestão de fórmulas e compostos lácteos pode favorecer ou causar o refluxo em bebês. Além disso, algumas vezes se faz necessário outras medidas e uso de medicamentos, mas somente mediante avaliação e diagnóstico corretos feitos pelo seu pediatra”, conclui.