Aprenda a se proteger e cuidar da voz mesmo com a fumaça presente no dia a dia
Luana Viard | 12 de Setembro de 2024 às 16:40
As queimadas que afetam várias regiões do Brasil não apenas causam uma crise ambiental, mas também levantam preocupações sobre a saúde pública, especialmente a saúde vocal. A fumaça gerada por essas queimadas está ligada ao aumento dos casos de disfonia, uma condição que compromete a qualidade da voz, tornando-a rouca, dificultando a fala e provocando desconforto.
A Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga e especialista em comunicação, adverte que a inalação de fumaça pode irritar as cordas vocais, levando a inflamações que afetam a capacidade de falar.
“Estamos vendo um aumento significativo nos casos de rouquidão e dor ao falar em pessoas expostas à fumaça, não apenas em áreas afetadas diretamente pelas queimadas, mas também em regiões urbanas”, explica a Dra. Cristiane.
Nos últimos anos, o número de queimadas no Brasil aumentou consideravelmente. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2024, as queimadas dobraram em relação ao ano anterior, com ênfase em regiões já vulneráveis como a Amazônia e o Cerrado.
Entretanto, as áreas do Sudeste, particularmente em centros urbanos como São Paulo, registraram os maiores índices de queimadas já vistos, gerando preocupações significativas sobre a qualidade do ar.
Esse problema não afeta apenas os trabalhadores e moradores dessas regiões, mas também a população dos centros urbanos, onde a fumaça pode ser transportada por longas distâncias, prejudicando a saúde de milhares de pessoas.
Com a elevação da poluição do ar durante a temporada de queimadas, é crucial que as pessoas estejam cientes dos riscos e das precauções que podem ser tomadas. A Dra. Cristiane oferece algumas orientações para proteger a voz nesse período crítico.
A Dra. Romano enfatiza que é fundamental estar consciente da saúde vocal, particularmente durante os períodos de queimadas.
“Cuidar da voz é um aspecto importante da saúde geral, e pequenas mudanças na rotina podem fazer uma grande diferença à medida que as queimadas continuam a afetar o país, a proteção da voz e da saúde deve estar no centro das discussões, não apenas entre os profissionais de comunicação, mas em todas as áreas que dependem da voz", conclui a profissional.
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