Mais um verão, mais um surto de dengue. Saiba como proteger você e a sua família.
Esther Ramos | 7 de Fevereiro de 2024 às 17:30
Todo verão um assunto domina os jornais e preocupa a saúde pública: o vírus da dengue. Mesmo depois de muitos anos de alertas, disseminação de informação e pesquisas para combater a doença, ela é sempre um perigo na época de chuvas. Por isso, vamos alertar os leitores sobre os sintomas, como tratar a doença, formas de conhecer mais o ciclo do mosquito da dengue e o principal: como se prevenir e garantir a segurança da sua família.
Para isso, consultamos portais oficiais do governo, além de informações disponibilizadas no YouTube pelo médico Drauzio Varella. Não deixe de se proteger e reúna ainda mais informações sobre uma das doenças que mais afetam a população brasileira.
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A infecção pelo vírus da dengue pode manifestar-se de forma assintomática ou sintomática, apresentando uma ampla gama de manifestações clínicas que variam desde formas leves até quadros graves, podendo levar ao óbito. As manifestações clínicas dividem-se em três fases distintas.
A fase inicial é caracterizada por febre alta, cefaleia, astenia, mialgia, artralgia, dor retro-orbitária, anorexia, náuseas e, frequentemente, diarreia. Uma erupção cutânea do tipo maculopapular é comum, afetando diversas regiões do corpo.
Essa fase, que pode evoluir para formas graves da doença, inicia-se com o declínio da febre entre o 3º e o 7º dia. Os sinais de alarme, indicativos de aumento da permeabilidade capilar, podem levar ao choque grave, manifestado por taquicardia, extremidades frias, oligúria, entre outros. A identificação precoce é crucial para evitar complicações.
O estágio de recuperação ocorre 24-48 horas após a fase crítica, caracterizando-se pela reabsorção gradual do fluido extravasado. Durante esse período, observa-se melhora geral do paciente, retorno do apetite, redução de sintomas gastrointestinais e estabilização hemodinâmica. Alguns pacientes podem apresentar um exantema, e bradicardia é comum.
É fundamental estar ciente dos sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e alterações hemodinâmicas, para intervir adequadamente durante a fase crítica e prevenir complicações graves. A fase de recuperação, por sua vez, indica um prognóstico favorável, mas a possibilidade de reinfeção aumenta o risco de formas graves da doença.
O ciclo de vida do Aedes aegypti começa com a fêmea depositando ovos em criadouros com água, que podem aguardar até 450 dias para eclodir. As larvas, após quatro estágios, tornam-se pupas em cerca de cinco dias. Durante a fase pupal, ocorre a metamorfose para a fase adulta, caracterizada pelo padrão de cores do mosquito.
A fêmea, após acasalar, necessita de sangue para o desenvolvimento dos ovos, momento em que pode transmitir doenças. Cerca de três dias após ingerir sangue, ela deposita ovos, podendo originar aproximadamente 1500 mosquitos durante sua vida.
A prevenção da dengue envolve evitar a proliferação do mosquito vetor, adotando medidas como a eliminação de água parada em diversos recipientes, limpeza de caixas d'água, manutenção de calhas e lajes, e uso de roupas que minimizem a exposição à picada do mosquito. Além disso, repelentes, inseticidas, mosquiteiros e telas em portas e janelas são recomendados.
Repelentes ambientais, como velas de citronela, e o uso de vitamina B1 como repelente interno também são opções. As medidas de combate incluem o manejo ambiental, controle químico e, em epidemias, o uso restrito de fumacê. A vacina Dengvaxia® é uma opção para prevenção em áreas endêmicas para indivíduos de 9 a 45 anos previamente infectados.
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