Contratura capsular e rompimento da prótese estão entre elas
Luana Viard | 21 de Outubro de 2024 às 16:00
Autoestima, recuperação após mastectomia por câncer de mama, busca por harmonia estética e mudanças corporais decorrentes do envelhecimento são alguns dos motivos que levam muitas mulheres a optar por implantes ou próteses mamárias. No entanto, assim como qualquer cirurgia, a colocação de implantes mamários pode envolver certas complicações, tornando essencial ficar atenta aos sinais de alerta.
O cirurgião plástico Dr. Fernando Amato explica que a contratura capsular é uma das complicações mais frequentes. Essa condição ocorre quando há uma cicatrização em forma de cápsula ao redor da prótese mamária, resultando em sua contração. Isso pode deixar a mama mais rígida, alterar seu formato, causando deformidade, e, em casos mais graves, provocar dor.
“Os sintomas da contratura capsular podem incluir dor, alteração no formato, sensação de rigidez e alteração da sensibilidade das mamas. Alguns fatores como o tempo de uso do implante e a qualidade do material utilizado podem estar relacionados à contratura capsular. Outros aspectos mais graves são a presença de infecção, complicações pós-operatórias como hematomas, seromas, trauma cirúrgico intenso (mastectomia), ruptura do implante e até mesmo a radioterapia nos casos de reconstrução mamária pós câncer de mama”, explica o especialista.
O tratamento da contratura capsular pode envolver o uso de medicamentos para aliviar a dor e fisioterapia para alongar o tecido cicatricial. No entanto, na maioria dos casos, a solução definitiva é cirúrgica, com a remoção do tecido cicatricial. A cirurgia pode incluir apenas o explante da prótese ou sua substituição por uma nova.
Alteração no formato, perda da consistência, assimetria mamária e dor podem ser alguns dos sinais que apontam para a ruptura da prótese de silicone. Porém, muitas vezes, a paciente não apresenta sintomas ou sinais clínicos.
Exames como a ultrassonografia e a ressonância magnética, de acordo com o cirurgião plástico, podem identificar alteração na integridade da prótese mamária, como a ruptura, nesse caso sendo recomendável retirar o implante o mais breve possível. “Apesar do gel de silicone ser coeso, em alguns casos a ruptura de implante pode ter o silicone extravasado, podendo até migrar para linfonodos da axila, gerando dor e incômodo", explica Dr. Amato, que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
É um termo genérico, que pode englobar as complicações relacionadas ao implante. Porém, muitos a associam apenas com toxicidade do silicone, que extravasa do implante sem ele estar rompido. Essa situação é chamada de bleeding.
O implante de silicone serve como gatilho para desenvolver sintomas semelhantes aos das doenças reumatológicas como dor nas articulações do corpo, cansaço, distúrbios do sono, perda de cabelo, olho e boca secos.
Uma alternativa para tratar as complicações citadas acima é a cirurgia de explante mamário, nome popularmente utilizado para cirurgia de retirada da prótese de silicone. “Pode ser realizada apenas por questões estéticas, mas tem sido muito procurada por pacientes que apresentam complicações relacionadas ao implante de silicone”, comenta Dr. Amato.
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