O Ministério da Saúde ampliou o programa de profilaxia pré-exposição (PrEP) ao HIV. Agora, o programa também atende adolescentes a partir de 15 anos de idade. Antes, a idade mmínima para obter a medicação por meio do SUS era 18 anos.
Leia também: Ministério da Saúde lança campanha de conscientização e prevenção do HIV/AIDS
Portanto, agora o tratamento preventivo está disponível para jovens e adultos, sexualmente ativos, com peso corporal igual ou superior a 35Kg. Pessoas em contextos de risco aumentado de infecção por HIV, tendo muitas parcerias, práticas sexuais frequentes sem proteção devida.
PrEP é a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV
Significa tomar medicamento anti-HIV de forma programada para evitar uma infecção pelo HIV em caso de exposição. Sendo assim, é entendido como um método de prevenção que está sendo disponibilizado através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Mas devemos ter cuidado para não confundir a PrEP com a PEP (profilaxia pós-exposição). A PEP é o uso de medicamento anti-HIV em caráter de urgência. Ou seja, o uso após uma situação de risco, dentro de um prazo de até 28 dias.
Já a PrEP, como dito anteriormente, é o uso programado, isto é, a pessoa começa a tomar antes da exposição e toma o medicamento por um tempo indefinido que irá depender de diversos fatores. Deste modo, são medicamentos distintos.
PrEP no Brasil
Enquanto a Universidade Federal de Minas Gerais segue os estudos da Vacina contra o HIV, seguimos utilizando a PrEP.
Vale dizer que, ela começou a ser utilizada em massa nos Estados Unidos no ano de 2012. Todavia, aqui no Brasil nós passamos a ver a PrEP sendo oferecida por meio de política pública no Sistema Único de Saúde, em 2017. Sua distribuição foi sendo realizada de maneira gradual.
Hoje, já se estuda como preparar o SUS para ofertá-la também para pessoas que utilizam a PrEP pelos serviços privados de saúde.
Como funciona a PrEP
A medicação usada para PrEP foi em primeiro momento utilizada para realizar o tratamento de pessoas com HIV. Entretanto, diferentes estudos mostraram que a medicação poderia servir como ferramenta preventiva para as pessoas que não tinha o HIV.
Veja também: Nova esperança para pacientes portadores do vírus HIV?
Os medicamentos anti-HIV eram utilizados em gestantes infectadas para evitar a transmissão do vírus para o bebê. E com isso, foi possível compreender que os medicamentos de PrEP trabalham bloqueando "caminhos" que o HIV usa para infectar o organismo.
Portanto, o uso diário é capaz de impedir que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo. Ou seja, é possível gerar uma quantidade satisfatória o suficiente no sangue para ocorrer o bloqueio do vírus.
Quem pode usar
Os médicos prescrevem PrEP para aqueles indivíduos que se encontram com maiores chances de contato com o vírus HIV. Logo, de acordo com o protocolo nacional do SUS, por conta de uma lógica de priorização, a PrEP pode ser disponibilizada para pessoas HIV-negativas nos seguintes quadros:
- Homens gays, bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens;
- Pessoas trans (mulheres transexuais, travestis, homens trans e pessoas não binárias);
- Profissionais do sexo ou pessoas que eventualmente recebam dinheiro ou benefícios em troca de serviços sexuais;
- Pessoas em um relacionamento com alguém com HIV.
Vale destacar que, casais sorodiferentes que queiram praticar sexo sem camisinha, a pessoa HIV-negativo possui a autonomia para decidir se tomará a PrEP ou se usará como método de prevenção a indetectabilidade do parceiro ("estar bem" dentro de tratamento contínuo).
Atenção: Esta matéria tem caráter informativo e não substitui a consulta médica especializada. Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.