Distúrbios na tireoide podem provocar o hipotireoidismo ou hipertireoidismo, entre outras doenças. Conheça sintomas e tratamentos.
A tireoide é uma glândula localizada na frente do pescoço, em forma de borboleta, e sua principal função é regular o metabolismo. No entanto, quando esse sistema se desregula, os sintomas podem aparecer no corpo inteiro.
As mulheres têm cinco a oito vezes mais chances de apresentar transtornos da tireoide. Na maioria dos casos, não há prevenção, mas depois da identificação do distúrbio, há tratamentos eficazes para o problema.
Tipos de transtornos da tireoide
O transtorno mais comum, popularmente chamado de “tireoide baixa”, é o hipotireoidismo (“hipo” significa “menos”). Ele acontece quando a tireoide não produz hormônios suficientes para manter o metabolismo funcionando com boa velocidade.
Geralmente ocorre porque o sistema imunológico ataca a glândula. Os sinais de alerta são cansaço, ganho de peso, depressão e prisão de ventre. A pessoa pode não apenas ficar muito sensível ao frio como notar que a pele e o cabelo estão secos.
13,5 milhões de pessoas têm hipotireoidismo, mas não sabem.
Às vezes, em vez de desacelerar, a tireoide acelera o metabolismo (hipertireoidismo). A causa mais comum, por exemplo, é a doença de Grave, um transtorno autoimune.
Entre os efeitos pode haver ansiedade mudança de humor, dificuldade para dormir, aumento do apetite, mais sensibilidade ao calor, taquicardia, emagrecimento e sensação de inchaço no pescoço por causa do aumento do tamanho da glândula.
Sintomas de tireoide baixa (hipertireoidismo)
Como os sintomas tendem a se desenvolver aos poucos, nesse ínterim, podem ser confundidos com sinais de envelhecimento. Pois é comum o hipotireoidismo passar anos sem ser diagnosticado.
Os principais sintomas são:
- Depressão
- Ganho de peso
- Perda da memória
- Bradicardia (desaceleração de batimentos cardíacos)
- Dores musculares
- Cansaço excessivo
- Pele seca
- Queda de cabelo
- Colesterol alto
- Intestino preso
- Menstruação desregulada
Alimentos prejudiciais
Alimentos benéficos
- Cenoura
- Batata-doce
- Mamão
- Melão-cantalupo
- Espinafre
- Folhas de nabo
CUIDADO!
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Se você está tomando um hormônio tireóideo sintético, limite a ingestão de fibras. Alguns alimentos (nozes, farinha de soja), suplementos (ferro, cálcio) e medicamentos (certos antiácidos, antiulcerosos e hipolipemiantes) podem ter o mesmo efeito. Por isso, para evitar essas interações, o hormônio tireóideo deve ser ingerido em jejum.
Um exame de sangue solicitado pelo médico determina se a tireoide está funcionando bem. A princípio, o tratamento demanda reposição hormonal por toda a vida.
Conexão nutricional
Estas medidas podem ajudar a tratar a “tireoide baixa”:
- Coma mais alimentos ricos em betacaroteno
A tiroxina, hormônio usado para tratar o hipotireoidismo, acelera a conversão do betacaroteno em vitamina A no organismo. Dessa forma, quem sofre de hipotireoidismo precisa ingerir mais betacaroteno para satisfazer as necessidades de vitamina A. De fato, as melhores fontes: frutas e legumes amarelos ou laranja de cor viva e verduras verde-escuras.
- Cozinhe o brócolis
Algumas hortaliças, sobretudo repolho, brócolis e outras verduras crucíferas, contêm substâncias bociogênicas, que bloqueiam os efeitos dos hormônios da tireoide. Dessa forma, o cozimento inativa as substâncias bociogênicas.
Além da dieta
- Não bagunce a medicação
Mesmo quando os sinais e sintomas desaparecem, é preciso manter a medicação para que os níveis dos hormônios permaneçam adequados e permitir que seu médico monitore a efetividade do remédio. Isto é, consulte-o antes de fazer qualquer alteração em sua medicação.
- Vigie as calorias e exercite-se
Os distúrbios da tireoide e os medicamentos podem causar ganho de peso; fique atento para limitar os quilinhos indesejáveis.
Quem é afetado pela ‘tireoide baixa’?
- Pessoas com alguma doença hepática, como hepatite, cirrose ou câncer;
- Pessoas com distúrbios sanguíneos, como anemia hemolítica;
- Portadores de síndromes genéticas, como síndrome de Gilbert;
- Pessoas com obstrução dos dutos biliares;
- Recém-nascidos.
Sintomas do hipertireoidismo
Os principais sintomas são:
- Pressão alta
- Taquicardia
- Ansiedade
- Insônia
- Sensação de calor excessivo e alta sudorese
- Persa de peso
- Menstruação desregulada
- Evacuações frequentes
- Diarreia
Alimentos prejuciais
Alimentos benéficos
- Laticínios
- Produtos de soja
- Couve
- Folhas de mostarda
O hipertireoidismo pode ser tratado com medicamentos, radiação (para lesionar a glândula e reduzir sua eficácia) ou, em casos extremos, remoção da tireoide – e, depois comprimidos para hipotireoidismo a fim de repor os hormônios.
A tireoide instável pode voltar a funcionar normalmente por conta própria, ainda mais se o problema for causado por medicamento ou vírus, mas os transtornos duradouros, quando não tratados, podem causar complicações.
Conexão nutricional
Embora mudar a alimentação não evite nem reverta o hipertireoidismo, alguns dos sinais e sintomas podem ser aliviados pelas seguintes medidas:
- Evite cafeína
A última coisa que alguém com hipertireoidismo precisa é de mais estimulantes.
- Mantenha uma ingestão adequada de cálcio e vitamina D
Como o hipertireoidismo pode contribuir para a osteoporose (saiba o que é e como se prevenir), é importante ingerir bastante cálcio todos os dias (1.000 mg a 1.200 mg) e vitamina D (600 a 800 unidades internacionais, UI).
Boas fontes alimentares incluem laticínios, produtos de soja e verduras folhosas verde-escuras. Como, por exemplo, couve e folhas de mostarda. Conheça também 6 alimentos que fortalecem os ossos.
Além da dieta
Para abordar preocupações com o hipertireoidismo, siga estas dicas:
- Consulte um oftalmologista
Quando o hipertireoidismo provoca exoftalmia (protrusão dos globos oculares) e, por isso, é fundamental que seja feito um acompanhamento por um oftalmologista. Por outro lado, um exame de vista pode revelar muitas coisas.
- Evite remédios para resfriados
Já que muitos remédios contra resfriados contêm estimulantes, eles podem superestimular as pessoas com hipertireoidismo.
Quem é afetado?
- Mulheres, especialmente durante seis meses após engravidar ou ter um bebê
- Pessoas entre 30 e 60 anos
- Pessoas com história familiar de doenças da tireoide
- Pessoas com doenças autoimunes
Faça exames de sangue regularmente e peça a seu médico que inclua uma pesquisa sobre a sua tireoide.
Atenção:
Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico ou farmacêutico.