A sudorese, junto com a respiração ofegante, é um recurso do corpo para controlar a temperatura. Saiba mais como ela funciona e quais são as suas funções.
Redação | 13 de Dezembro de 2019 às 13:00
A sudorese, junto com a respiração ofegante, é um recurso do corpo para controlar a temperatura. Quando esta aumenta, o mecanismo da sudorese entra em ação para restabelecer o nível normal aproximado de 37°C. A temperatura do corpo é afetada não apenas pelo calor atmosférico externo, mas também pelo calor interno gerado pelo exercício e pela alimentação.
Suamos o tempo todo, embora só possamos perceber quando a sudorese aumenta muito – como durante a prática de exercícios vigorosos.
A sudorese é, ainda, uma forma de eliminar água e outros resíduos. A água também é expelida na urina pelos rins e pela bexiga, na forma de vapor com dióxido de carbono pelos pulmões, e nas fezes pelo intestino.
Uma pessoa tem, em média, cerca de 2,6 milhões de glândulas sudoríparas na pele. Uma glândula sudorípara é basicamente um longo ducto espiralado situado na derme, uma camada da pele. O suor é produzido na parte espiralada, e a extremidade do ducto é a abertura, ou poro, na superfície cutânea. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: écrinas e apócrinas.
As glândulas écrinas são encontradas em todo o corpo, com exceção dos lábios, mamilos e órgãos genitais externos. A quantidade é particularmente alta nas palmas das mãos, nas plantas dos pés e na testa.
As glândulas apócrinas são restritas principalmente às axilas e à região anogenital. Sua atividade só se inicia na puberdade, ao contrário das glândulas écrinas, que são ativas desde o nascimento. As glândulas apócrinas abrem-se em folículos pilosos, e não em poros.
O suor das glândulas écrinas consiste basicamente em água, um pouco de sódio e cloreto, além de pequeno teor de potássio. São essas substâncias químicas que tornam salgada a pele suada. O suor das glândulas apócrinas contém também proteínas e ácidos graxos, que o tornam mais espesso. Quando essas proteínas e esses ácidos reagem com as bactérias existentes nos pelos e na pele, é produzido um odor peculiar.
Quando transpiramos, a água na superfície cutânea evapora, retirando o excesso de calor e resfriando o corpo. Também há perda direta de calor através da pele e das superfícies respiratórias dos pulmões.
O ar muito úmido não permite o resfriamento tão eficiente quanto o ar mais seco. O nível de umidade do ar influencia diretamente a velocidade de evaporação da água sobre a pele e, portanto, a eficácia do resfriamento pela sudorese.
A secagem do suor durante o exercício interfere em sua evaporação natural e no processo de resfriamento, assim como o borrifar muita água sobre a pele para tentar se refrescar.
A sudorese em circunstâncias normais – em um ambiente quente ou durante exercício vigoroso – não causa desidratação grave. O superaquecimento, porém, pode provocar sintomas como tonteira, náusea e cãibras musculares.