A cantora Lexa comunicou na tarde desta segunda-feira (10) o falecimento de sua filha, Sofia. A bebê nasceu no dia 2, mas morreu no dia 5. O anúncio foi feito pela artista por meio de suas redes sociais. "Um luto e uma dor que eu nunca tinha visto igual. Vivi os dias mais difíceis da minha vida.", revelou a cantora na legenda da publicação em seu Instagram.
Na mesma publicação Lexa revelou que enfrentou uma pré-eclâmpsia precoce, condição que provoca aumento da pressão arterial na gravidez. Além disso, a cantora foi diagnosticada com Síndrome de Hellp, uma complicação grave da pré-eclâmpsia que pode comprometer o fígado e levar à destruição das células sanguíneas, exigindo atendimento médico imediato.
Pré-eclâmpsia X Parto Prematuro
O especialista Nélio Veiga Junior, ginecologista e obstetra, mestre e doutor em tocoginecologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explicou ao site Estado de Minas que a pré-eclâmpsia requer acompanhamento rigoroso.
Em casos mais graves, pode comprometer tanto o desenvolvimento do bebê quanto a saúde da mãe, aumentando o risco de complicações como acidente vascular cerebral (AVC) e parto prematuro. "Pode até ser fatal, sendo que as síndromes hipertensivas são a principal causa de morte materna no Brasil", reforça.
Inclusive, no post da rede social da cantora Lexa ela revelou que se esperassem mais um dia para realizar o parto, nem mesmo ela teria sobrevivido. "O meu fígado começou a comprometer, os meus rins e o doppler da minha bebezinha também... mais um dia e eu não estaria aqui pra contar a minha história e nem a dela."
O que causa pré-eclâmpsia e da Síndrome de HELLP?
A origem exata da pré-eclâmpsia ainda não é totalmente conhecida, mas há indícios de que esteja ligada a um problema no desenvolvimento dos vasos sanguíneos da placenta, provocado por uma resposta inflamatória que impacta todo o organismo da mãe.
De acordo com a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a pré-eclâmpsia afeta entre 1,5% e 7% das gestantes no Brasil. Embora sua causa exata não seja definida, a condição está associada a fatores de risco como hipertensão pré-existente, diabetes tipo 1 ou 2 antes da gestação, doença renal, doenças autoimunes e fertilização in vitro, segundo a Mayo Clinic.
Já a Síndrome de Hellp pode ser desencadeada por diferentes fatores de risco e condições de saúde. A rede de laboratórios Dasa aponta que uma resposta inflamatória exacerbada no organismo da gestante é uma das principais causas da síndrome. Além disso, hábitos como tabagismo, obesidade e diabetes também elevam o risco de seu desenvolvimento.