A gravidez de Gisele Bündchen aos 44 anos chama a atenção para a importância do congelamento de óvulos
O termo "gravidez tardia" está se tornando mais comum, mas muitas pessoas ainda não compreendem bem seu significado e não fazem a associação entre as duas palavras.
O especialista em Reprodução Humana, Alfonso Massaguer, esclarece o conceito de gravidez tardia, abordando os principais motivos que levam as mulheres a tomar essa decisão. Além disso, o médico aponta os riscos envolvidos e as medidas que podem ser adotadas para garantir uma maior segurança durante o processo de congelamento dos óvulos.
O que é a gravidez tardia?
A gravidez tardia corresponde à gestação que acontece principalmente quando a mulher possui mais de 35 anos, sendo que algumas regiões do mundo só consideram aquelas que acontecem depois dos 40 anos.
É uma gravidez considerada mais difícil de acontecer naturalmente, considerando que a mulher perde óvulos toda a vida, e a partir dos 30 anos o processo se intensifica, podendo levar à infertilidade depois dos 40 anos.
E que até mesmo os homens possuem perda de fertilidade a partir de certa idade, principalmente dos 50 anos.
Motivos principais para aderir essa opção
Espera para encontrar um parceiro, busca de estabilidade financeira e melhores condições de vida. Mulheres estão preferindo a gravidez tardia por se sentirem mais preparadas para serem mães apenas depois dos 30 anos. Fora que a medicina e a ciência têm avançado grandemente, permitindo gestações mais tranquilas.
Existem riscos nesse tipo de gestação?
Infelizmente, sim, sendo que uma gravidez tardia é considerada de alto risco, já que ela pode trazer alguns problemas insistentes para a saúde da mãe e do bebê, necessitando de intenso acompanhamento médico.
Dentre os riscos principais têm o de aborto espontâneo, porém diversas pesquisas têm apontado também risco a saúde do bebê, como problemas na formação do feto, mudanças genéticas que podem levar ao nascimento de um bebê com síndromes diversas, como a de Down e dificuldades em carregar a gestação por 9 meses, sendo o parto antecipado considerado um alto risco para uma gravidez tardia.
Além de possibilidade de problemas para o bebê crescer e se desenvolver no útero, mesmo com acompanhamento e os intensos avanços da medicina, qualquer gravidez tardia possui o risco de não chegar ao termo, sendo necessário um amplo preparo psicológico da paciente.
Como se preparar para uma gravidez tardia?
Como vimos, mesmo com diversos riscos, cada vez mais mulheres se preparam para uma gravidez tardia, seja por motivos pessoais ou mesmo profissionais. Dentre as opções de preparação mais utilizadas na atualidade, temos:
- Congelar óvulos – opção utilizada quando a mulher quer preservar sua fertilidade para engravidar em outro momento, porém não possui um parceiro para fecundar os mesmos imediatamente.
- Congelar embriões – opção usada por casais, que escolhem não ter filhos no momento, mas que querem preservar a fertilidade de ambos. Neste caso, óvulos da mulher são fecundados com o esperma do marido, gerando os embriões.
Existem ainda outras opções mais experimentais. E são usadas apenas quando a preservação da fertilidade é necessária por problemas de saúde. Ou seja, que impedem a coleta de óvulos.
A gravidez tardia é um processo que tem se tornado cada vez mais comum no Brasil e no mundo. Portanto, sendo essencial que, antes de tomar essa decisão, você converse com seu médico. Para que assim, ele avalie sua saúde e não haja problemas.
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